A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, pediu aos governos da zona do euro que façam um rápido progresso em sua proposta de união bancária, para deixar a crise do bloco definitivamente para trás. Os esforços europeus para se construir uma barreira conjunta para a região estão cambaleando, com a França e a Alemanha divididas em relação aos principais pilares do sistema, cuja ideia é que restitua a confiança nos bancos da zona do euro.
"Nós pensamos muito na área do euro com um belo navio que foi construído, criado... para os mares calmos, mas que ainda não está completamente finalizado para os mais agitados", afirmou Christine, em uma conferência em Paris. "Muito tem sido feito em relação à união bancária. Se eu tenho uma mensagem hoje, é de que essa parte particular do navio precisa ser finalizada, precisa ser completada e velocidade é a essência."
Governança
A diretora disse que os governos não podem contar exclusivamente com a política monetária frouxa do Banco Central Europeu para estabilizar a crise da dívida da zona do euro, e que as bases de uma melhor governança, da qual a união bancária faz parte, são vitais. Na mesma conferência sobre a união orçamentária na Europa, o ministro das Finanças francês, Pierre Moscovici, afirmou que a França quer um roteiro para a criação de um orçamento federal da zona do euro no médio prazo.
Desemprego
Dados de julho, divulgados ontem pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostraram uma melhoria nos indicadores de emprego de emprego em países europeus. Depois de um longo período de altas, as taxas diminuíram nos últimos meses na Itália (0,2 pontos porcentuais ao longo dos últimos dois meses, para 12,0%), Portugal (1,1 pontos porcentuais ao longo dos últimos cinco meses, para 16,5%) e Espanha (0,2 pontos porcentuais nos últimos três meses, para 26,3%).
Por outro lado, a taxa de desemprego atingiu um novo pico na Bélgica (em 8,9%), Grécia (em 27,6% em maio, o último mês disponível) e Holanda (7,0%).
No geral, havia 47,9 milhões de desempregados na zona da OCDE em julho de 2013, 400 mil a menos do que em junho, mas ainda 13,2 milhões a mais que em julho de 2008.
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