O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse à Argentina neste domingo que sua recusa em permitir que especialistas em fundos revisem sua economia é "algo estranho", afirmando que, quando se faz parte de um grupo, é preciso jogar pelas regras que valem para todos.
A Argentina encerrou um acordo de contingência (standby) com o FMI em 2005 e o fundo não tem sido capaz de realizar uma revisão anual regular da economia do país desde 2006, como faz com quase todos os países membros.
"Bem, a Argentina faz parte do Fundo e do G20", afirmou o diretor do FMI para o Ocidente, Nicolas Eyzaguirre, a jornalistas durante o encontro semi-anual do FMI, em Istambul.
"Nesses grupos, você participa e discute suas políticas como outros", colocou. "Assim, participar do clube e escutar o que os outros estão fazendo mas não dizer a eles o que você está fazendo é algo estranho."
As relações da Argentina com o FMI têm sido sensíveis por anos porque o FMI é apontado como culpado pelos argentinos por ter encorajado políticas e um endividamento que mais tarde contribuíram para o colapso econômico do país em 2001-2002.
O ministro das Finanças da Argentina, Amado Boudou, sinalizou esta semana que o país está preparando uma revisão com o FMI. Ele disse ao Comitê Financeiros e Monetário Internacional em Istambul no domingo que a Argentina está planejando também retornar aos mercados internacionais.
O país deve 6,7 bilhões de dólares em dívidas ao FMI e precisa solucionar a questão como parte de seus esforços para colocar suas relações com a comunidade financeira internacional nos eixos.
Boudou pontuou que o país superou bem a crise global, prevendo crescimento econômico
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