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economia internacional

FMI levanta US$ 456 bi para fundo anticrise

Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI, cumprimenta o presidente do México, Felipe Calderón: doações de emergentes | Paul J. Richards/ AFP
Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI, cumprimenta o presidente do México, Felipe Calderón: doações de emergentes (Foto: Paul J. Richards/ AFP)

As novas contribuições ao Fundo Monetário In­ter­na­cional (FMI) prometidas por seus membros somaram US$ 456 bilhões no primeiro dia da cúpula do G20, informou a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde. A dirigente do Fundo saudou as contribuições, que incluem US$ 43 bilhões da China, US$ 10 bilhões do Brasil e mais US$ 10 bilhões do México. Rússia e Índia – que integram o bloco Brics com Brasil, China e África do Sul – também prometeram US$ 10 bilhões cada, mas os sul-africanos se limitaram a US$ 2 bilhões.

"Países grandes e pequenos se uniram para atender o nosso apelo, e outros poderão aderir. Saúdo este compromiso com o multilateralismo que resulta em promessas de US$ 456 bilhões, o que quase dobra nossa capacidade de empréstimo", assinalou Christine Lagarde. "No total, 37 países membros do Fundo, que representam cerca de três quintos das cotas da organização, se uniram a este esforço coletivo. Estes recursos estarão disponíveis para prevenção e solução de crises e para cumprir com as necessidades potenciais de financiamento de todos os membros do FMI."

O Brics também analisou a possibilidade de se criar um fundo "virtual" de reservas para fomentar um intercâmbio de moedas que dinamize suas relações comerciais e reduza o impacto da crise financeira. "Resolvemos iniciar estudos para a criação de um fundo virtual de reservas de modo que possamos realizar ‘swaps’ entre os Brics", revelou o ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo Mantega, os países do Brics têm a capacidade de "dar mais dinamismo à economia internacional", mas para tal é necessário que adotem medidas para "estimular" o comércio entre si.

Os Estados Unidos pediram à União Europeia e ao FMI que renegociem os termos da ajuda à Grécia para permitir que Atenas tenha mais tempo para cumprir os compromissos assumidos com o plano de socorro. "Há muito espaço de negociação para as duas partes" e é possível discutir um novo acordo que dê mais tempo à Grécia para cumprir com suas obrigações, disse a subsecretária do Tesouro Lael Brainard em Los Cabos. "Esperamos ver de parte dos sócios europeus e do FMI o reconhecimento de que o programa da Grécia descarrilou durante um tempo em parte porque houve um prolongado processo político e ficaram sem governo", completou.

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