O Brasil crescerá 3,5% neste ano, segundo previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgada nesta quarta-feira. A estimativa é a mesma da divulgada em setembro passado. O organismo pede ao país, que realizará eleições presidenciais em outubro, que resista à tentação de aumentar os gastos públicos.
"Para continuar o progresso realizado com a redução da dívida pública, será importante resistir às pressões para afrouxar a política fiscal e manter superávits primários altos, que refletem o saldo das contas do país antes do pagamento de dívidas", diz o Fundo.
Em seu informe "Perspectivas Econômicas Mundiais", divulgado às vésperas da reunião semestral do organismo junto com o Banco Mundial, o FMI afirma ser importante que o Brasil adote reformas para aumentar seu crescimento no longo prazo, como as destinadas a melhorar sua política fiscal e o clima dos negócios.
O informe constata que a atividade econômica no Brasil teve uma "redução drástica" no ano passado. Em 2005, a economia brasileira cresceu 2,3% e em 2004, 4,9%.
No entanto, os últimos dados de vendas no varejo e da produção industrial apontam uma recuperação, que se concretizará neste ano a medida que taxas de juros menores estimulem o investimento, na opinião do Fundo.
Baseado nesses entendimentos, o FMI manteve a estimativa de crescimento de 3,5% para o país, o mesmo percentual que prevê para 2007.
Em relação ao Índice de Preços ao Consumidor, o Fundo calcula que deve ficar em 4,9% neste ano, reduzindo para 4,4% no ano que vem. Em 2005, a inflação fechou em 6,9%.
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