O Fundo Monetário Internacional (FMI) pôs em dúvida que este ano seja cumprida a meta de crescimento fixada pelo Grupo dos Vinte (G20), que se propôs um crescimento 2% acima das previsões até 2018.
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse durante a reunião ministerial do G20 em Cairns (Austrália) que uma pesquisa do organismo indica que a economia crescerá apenas 1,5%, informou neste domingo (data local) o jornal "Australian Financial Review".
O ministro de Finanças francês, Michael Sapin, previu na noite de sábado que a expectativa de crescimento em 1,8%, também abaixo dos objetivos do grupo, que na reunião de Cairns debateu cerca de 900 propostas para impulsionar a economia.
As duas estimativas seguem a anunciada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE) que também diminuiu as previsões de crescimento de seus países-membros, sobretudo na zona do euro e no Japão.
Na reunião de ministros de Economia e presidentes de bancos centrais do G20, Estados Unidos e FMI pediram à Alemanha - a maior economia europeia e que goza de superávit comercial - para realizar maiores esforços para impulsionar o crescimento na zona do euro.
O encontro ministerial, preparatório da cúpula de líderes que será realizada em novembro em Brisbane, termina neste domingo com um comunicado que incluirá um compromisso contra a evasão fiscal por parte de empresas multinacionais e a troca de informação bancária.
Também se prevê que se anuncie a criação de um fundo global de investimentos para financiar infraestruturas e uma menção ao impacto das decisões judiciais nos problemas de reestruturação de dívidas dos países, após o caso dos "fundos abutres" na Argentina.
Os membros do G20 são União Europeia, EUA, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, Itália e França, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, México, Rússia, África do Sul e Turquia.
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