O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu nesta quinta-feira (9) sua previsão para o crescimento econômico global em 2015 para considerar o impacto da fraqueza recente nos Estados Unidos, enquanto piorou sua projeção para o Brasil, passando a ver uma contração na economia de 1,5% neste ano.
Mas a instituição financeira global disse que as perspectivas de crescimento para o mundo no próximo ano permanecem intactas, apesar da crise da dívida da Grécia e recente volatilidade nos mercados financeiros chineses.
Para o Brasil, em particular, o FMI ajustou sua estimativa para o recuo na economia a 1,5% em 2015, ante 1,0% antes. Para o ano que vem, a entidade também passou a ver um crescimento mais modesto para o país, de 0,7% contra projeção anterior de 1%.
Já para a economia global, o FMI disse em uma atualização do seu relatório World Economic Outlook que a expansão este ano deverá ser de 3,3% neste ano, 0,2 ponto percentual abaixo do previsto em abril. O crescimento deve acelerar para 3,8% no próximo ano, disse a entidade, percentual inalterado em relação à previsão anterior.
Em nota, a entidade assinalou que o crescimento nos mercados emergentes deve desacelerar de 4,6% em 2014 para 4,2% neste ano, fundamentalmente impactado pela queda no preço de commodities e condições mais apertadas de financiamento externo, particularmente na América Latina, citando nominalmente o Brasil.
Para justificar a projeção reduzida para o crescimento global neste ano, o FMI atribuiu boa parte da culpa à projeção para os Estados Unidos. A economia norte-americana sofreu contração no primeiro trimestre, impactada por nevascas excepcionalmente pesadas, um dólar ressurgente e paradas nos portos da Costa Oeste. O FMI disse que espera que a economia dos EUA cresça 2,5% neste ano. O FMI havia reduzido a estimativa para os EUA no mês passado ante 3,1% em abril. O FMI também disse que a lentidão econômica nos EUA irá afetar Canadá e México.
O FMI também manteve suas previsões para uma retomada no crescimento na zona do euro, apesar de a Grécia se mover cada vez mais perto de um calote e para uma saída do bloco de moeda única. “Os desenvolvimentos na Grécia não resultaram, até agora, em qualquer contágio significativo”, disse o FMI. “Uma ação de política oportuna deve ajudar a gerenciar tais riscos se forem se materializar”, disse o FMI.
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