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Investimento

Foco em dividendos torna Bolsa mais atraente

Empresa mais valiosa do Brasil, Ambev distribui bons dividendos | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Empresa mais valiosa do Brasil, Ambev distribui bons dividendos (Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)
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Natura é uma das sugestões de investimento rentável

Bancos costumam remunerar os acionistas mensalmente |

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Bancos costumam remunerar os acionistas mensalmente

Investir em ações com bom potencial de pagamento de dividendos, que são os lucros distribuídos periodicamente pela empresa aos acionistas, é apontado por especialistas como uma forma de tornar mais interessantes as aplicações na Bolsa de Valores, que vive um período conturbado e deve ter um ano instável. A montagem de uma carteira assim, porém, exige informação e cautela do investidor.

Em linhas gerais, têm capacidade de pagar proventos atraentes as empresas com perspectiva de bom resultado, baixo histórico de volatilidade e sem previsão de executar grandes investimentos a curto prazo, o que preserva o lucro para que seja dividido, explica o analista Roberto Indech, da corretora Rico.

O histórico de pagamento de dividendos da companhia é importante, mas não garante ganhos futuros, pois a empresa tem liberdade para, respeitado um piso de 25%, distribuir o porcentual que desejar. "É preciso estar de olho no passado e no futuro. Uma troca de diretoria pode mudar a estratégia e afetar o porcentual de pagamento de dividendos", alerta Indech.

É preciso que o investidor também esteja bem informado sobre o ramo em que a companhia atua. "O nível dos dividendos depende do lucro e isso depende do desempenho que a empresa terá. Então, é importante entender o funcionamento do mercado em que ela está", diz Ricardo Kim, analista da XP Investimentos.

Os ganhos proporcionais com a aplicação serão mais altos à medida que o valor pago por cada ação tenha sido menor. Essa relação entre dividendo e cotação do papel compõe o chamado "dividend yeld", que indica o porcentual de lucro destinado a cada ação em um período. Uma companhia que remunere o investidor em R$ 1 para cada ação comprada por R$ 10, por exemplo, apresenta um índice de 10%. Um porcentual vantajoso, segundo o analista Lenon Borges, da Ativa! Investimentos, gira em torno de 5% – as companhias que formam o Ibovespa têm, em média, "dividend yeld" de 4%.

Não se deve, porém, olhar isoladamente para o indicador, já que uma desvalorização da ação pode fazê-lo crescer, criando a falsa perspectiva de ganho. Também é preciso que o valor da ação cresça e se recomponha após a divisão de lucros, para que haja efetivo aumento do capital do investidor.

Riscos e vantagens

Entre as vantagens de se apostar em dividendos está a isenção de incidência do Imposto de Renda, pois o lucro já é tributado antes da divisão. Além disso, como as empresas têm liberdade para definir a periodicidade do pagamento, o tempo de espera para ter retorno pode ser baixo.

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