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Diante de renovados sinais de pressão inflacionária, o mercado vê o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ainda maior neste ano, ao mesmo tempo em que reduziu pela terceira semana seguida a previsão para a cotação do dólar ante o real após as movimentações recentes do governo para amenizar os efeitos da alta dos preços.

De acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta quarta-feira (13), após o carnaval, os analistas veem o dólar no final deste ano a R$ 2,03, ante R$ 2,05 na semana anterior.

Entre o Top 5 - instituições que mais acertam as projeções - a expectativa é ainda um pouco mais baixa, de R$ 2,02, ante R$ 2,05 anteriormente.

Na sexta-feira, o dólar chegou a ser negociado no patamar de R$ 1,95 durante os negócios após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmar que o governo não deixaria a moeda norte-americana ceder a R$ 1,85, levando o mercado a buscar novos pisos para a moeda norte-americana.

Desde o final de janeiro, o dólar vem sendo negociado abaixo de R$ 2 - piso informal que o vigorou por boa parte do ano passado-- e, para especialistas, isso ocorre porque o governo tem deixado o dólar perder força para retirar pressões inflacionárias.

Os preços continuam mostrando força neste início de ano. O IPCA registrou alta de 0,86% em janeiro, a maior variação mensal desde abril de 2005, ainda puxado por alimentos e despesas pessoais.

Assim, no Focus, os analistas elevaram pela sexta semana seguida sua projeção para o IPCA neste ano, estimando agora alta de 5,71%, ante 5,68% na semana anterior. Para 2014 a projeção foi mantida em 5,50%.

No Top 5, no entanto, os analistas estão bem mais pessimistas sobre o próximo ano, elevando as estimativas de alta do IPCA a 6,50%, ante 5,80%, no teto da meta oficial do governo.

Selic

O comportamento da inflação também foi destacado pelo presidente do BC, Alexandre Tombini, que classificou o atual cenário como preocupante, o que acabou levando o mercado futuro de juros a precificar a maioria das apostas em alta da Selic neste ano.

Apesar disso, os analistas consultados no Focus ainda mantêm a projeção de que a taxa básica de juros encerrará 2013 nos atuais 7,25% ao ano, subindo para 8,25% no próximo ano. O Top-5, entretanto, já vê a taxa básica de juros menor no próximo ano, a 7,63% na mediana das projeções, ante 8,13% anteriormente.

Em relação ao crescimento da economia, a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 foi estimada em 3,09%, ante 3,10% na semana anterior, com o mercado voltando a ajustar seus números.

A produção industrial continua pesando sobre essa conta. Em 2012, a atividade teve a primeira retração desde 2009, indicando que a recuperação da atividade continuou cambaleante no final do ano passado.

Para este ano, os analistas consultados no Focus veem expansão da atividade industrial de 3,10%, ante 3,17% anteriormente.

Em relação a 2014, a expectativa é de aceleração do PIB a 3,80%, na terceira semana seguida de alta após estimativa de 3,70% anteriormente.

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