Com a proximidade do fim do ano, analistas fazem ajustes mais finos para as estimativas de inflação no Relatório de Mercado Focus, atualizado nesta segunda-feira (01), pelo Banco Central.
Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2014, a mediana das projeções ficou parada em 6,43%. Há um mês, a taxa estava em 6,45%. Para 2015, a mediana das previsões foi alterada de 6,45% para 6,49% ante 6,32% de quatro semanas atrás.
No caso das expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente, o ajuste foi de 6,55% para 6,57% - há um mês, estava em 6,38%. No Top 5 de médio prazo, que é o grupo dos economistas que mais acertam as projeções, a previsão para o IPCA deste ano ficou estacionada em 6,51%, ainda mostrando expectativa de rompimento do teto da meta.
Um mês antes, estava em 6,49%. Para 2015, esse mesmo grupo também manteve a mediana das estimativas em 6,40%. Quatro semanas atrás, a mediana das previsões para o IPCA do ano que vem estava em 6,38%.
Para o curto prazo, a taxa para novembro foi calibrada de 0,60% para 0,59%. Já a de dezembro foi alterada de 0,73% para 0,74%. Um mês antes, essas taxas estavam, respectivamente, em 0,57% e 0,66%.
PIB
Depois da divulgação pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de que o país cresceu 0,1% no terceiro trimestre do ano na margem, as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 passaram de 0,20% para 0,19% no Relatório de Mercado Focus.
O documento revela que há um mês a expectativa mediana para o crescimento do País estava em 0,24%. A perspectiva dos analistas de que haverá retomada da atividade no ano, mas com menor força, já que a taxa passou de 0,80% da semana anterior para 0,77% agora. Quatro semanas antes, porém, a projeção para 2015 estava em 1,00%.
A produção industrial segue como o principal setor responsável pelas previsões para o PIB deste e do ano que vem. No boletim Focus, a mediana das estimativas do mercado para o setor manufatureiro revela uma expectativa de queda de 2,26% este ano - levemente menor do que a da semana passada (-2,30%) . Há quatro semanas, estava em -2,17%. Para 2015, o crescimento desse segmento deve ser de 1,13% ante 1,30% do levantamento anterior e de 1,42% de um mês atrás.
Os economistas também ajustaram suas estimativas para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor bruto e o PIB. Para 2014, a mediana passou de 35,85% da semana passada para 36,00% agora - estava em 35,25% um mês atrás. Já para 2015, a mediana das previsões saiu de 36,00% para 36,20%. Quatro semanas antes estava em 35,80%.