As previsões para Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 voltaram a piorar no Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 10, pelo Banco Central. Pelo documento, a economia brasileira crescerá 0,20% este ano ante previsão de 0,24% da semana passada e de 0,28% vista um mês atrás.
Os economistas continuam a acreditar em alguma retomada da atividade no ano que vem, mas diminuíram a taxa mediana para o período de 1% para 0,80%. Quatro semanas antes, a estimativa de crescimento para o próximo ano também estava em 1%.
Conforme a pesquisa, o setor manufatureiro terá retração de 2 21% este ano ante previsão de queda de 2,17% esperada na semana passada. Vale lembrar que um mês antes, a expectativa era de uma diminuição da atividade de 2,16%.
Para 2015, a previsão é de recuperação do setor, que deve ter expansão de 1,46% - estava em 1,42% no documento anterior e em 1,30% um mês antes.
Os analistas ajustaram suas estimativas para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2014. A Focus de hoje aponta que a mediana da semana passada, de 35,25%, foi alterada para 35,20%. Um mês antes estava em 35 00%. Já o ponto central da pesquisa para a relação em 2015 passou de 35,80% do levantamento para 35,90% agora. Quatro semanas antes, porém, estava em 35,50%.
Inflação
O relatório trouxe revisões para baixo nas projeções para a inflação deste ano, mas o Top 5 revelou uma estimativa bastante elevada para o IPCA 2015, bem acima do teto da meta de 6,50%.
De acordo com o documento, a mediana das estimativas para o IPCA de 2014 passou de 6,45% para 6,39%. As mudanças ocorreram depois do anúncio do aumento do preço da gasolina em 3% e da desaceleração do índice oficial de outubro em relação a setembro, que ficou em 0,42%.
Há um mês, a taxa mediana estava em 6,45%. Para 2015, o ponto central da pesquisa se deslocou de 6,32% para 6,40% ante 6,30% visto quatro semanas atrás.
No Top 5 de médio prazo, que é o grupo dos economistas que mais acertam as projeções, a previsão para o IPCA este ano também foi reduzida, de 6,49% na semana passada para 6,34% agora. Um mês antes, estava em 6,51%.
Para 2015, esse mesmo grupo elevou drasticamente a mediana das estimativas, que passou de 6,38% para 6,74%. Um mês atrás, a mediana das previsões para o IPCA do ano que vem estava em 6,38%.
Para o curto prazo, a taxa para novembro passou de 0,57% para 0 59%. Já a de dezembro foi alterada de 0,66% para 0,68%. Um mês antes, essas taxas estavam, respectivamente, em 0,60% e 0,67%. O boletim Focus revelou ainda que as projeções para a inflação suavizada 12 meses à frente passou de 6,38%, mesmo patamar visto um mês atrás, para 6,42% de uma semana para outra.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast