O site do jornal Folha de S.Paulo passou a publicar, desde ontem, todos os textos da versão impressa do jornal, inclusive os dos colunistas. Junto com essa mudança veio a cobrança pelo acesso a reportagens e fotos. Algumas partes do site, entre elas a capa e as seções produzidas por leitores, continuam gratuitas. Outras, que incluem a maioria das reportagens e colunas, podem ser acessadas livremente até o limite de 40 textos por mês.
Nada muda na navegação do leitor até o vigésimo clique mensal. A partir daí, ele será convidado a fazer um cadastro simples, que lhe permitirá ler mais 20 reportagens, colunas ou galerias de fotos. O cálculo é zerado no início de cada mês.
Quem é assinante digital da Folha de S.Paulo ou recebe o jornal impresso continuará com acesso irrestrito a qualquer formato do jornal no site, em tablets e em celulares. E nada muda, também, para assinantes do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que podem ler sem restrição todo o conteúdo publicado no site da Folha, exceto a réplica da edição impressa.
Além do conteúdo e das regras de acesso, muda também o nome da página, que ganha o logotipo Folha de S.Paulo no lugar do atual, Folha.com. Uma campanha publicitária divulgará as principais novidades.
Paywall
O modelo adotado pelo jornal acompanha uma tendência mundial, seguida por diversos veículos que buscam uma maneira de remunerar o conteúdo que fornecem a seus leitores. O sistema é conhecido como paywall (muro de cobrança poroso). Ele busca aumentar o conforto e a oferta de conteúdo para quem gosta de ler com frequência o jornal sem barrar o acesso do internauta eventual.
O caso mais famoso de uso desse modelo é o do jornal americano New York Times. A Folha já usava esse sistema em seu aplicativo para dispositivos móveis e se torna também o primeiro jornal do país a utilizá-lo em seu site.