São Paulo A Força Sindical aproveitou a festa que realizou ontem em comemoração ao Dia do Trabalho para se manifestar a favor de que o governo federal ajude a salvar a Varig da falência. "A Varig tem hoje 11 mil trabalhadores diretos e mais de 20 mil indiretos, é uma empresa que tem mais de 60 anos. Quero dizer ao governo Lula: se ele tinha dinheiro para dar para o mensalão, para dar para o mensalinho, para dar para banqueiro, se ele não der dinheiro para salvar a Varig, ele vai cair junto com a Varig", afirmou Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força.
"Não podemos aceitar que uma empresa brasileira seja destruída como está acontecendo com a Varig. Esse é o nosso alerta para que o governo possa salvar uma das empresas mais importantes do Brasil", afirmou.
Um grupo de cerca de 10 funcionários, ex-funcionários e aposentados da Varig estava presente ao evento, que por volta do meio-dia reunia um milhão de pessoas na praça Campo de Bagatelle (SP), segundo informações da Polícia Militar.
"A Varig não quer dinheiro público, nós nunca quisemos. O que nós quisemos foi usar parte do nosso fundo para complementação de aposentadoria (o Aerus) para colocar 10 aeronaves de volta para o vôo e pagar a rescisão contratual dos colegas, porque precisamos ainda enxugar a empresa", disse o comandante Tito Walker, membro da associação Trabalhadores do Grupo Varig.
O presidente do sindicato dos aeroviários no Estado de São Paulo, Uébio José da Silva, afirmou apoiar a proposta de US$ 1,9 bilhão feita dias atrás pelo consultor Jayme Toscano, representando um fundo de investidores europeus interessados na companhia.