A nova aposta da Ford para brigar no segmento de compactos, o de maior volume no mercado brasileiro, trouxe para a montadora o desafio de elevar a competitividade da fábrica de São Bernardo do Campo (SP). Na avaliação sobre o melhor local de produção do novo Fiesta no Brasil, além da capacidade disponível, pesou sobre a escolha a necessidade de trazer para a fábrica do ABC uma plataforma global, capaz de reduzir custos na manufatura.Parte dos R$ 800 milhões investidos no projeto, o segundo carro global da marca a ser feito no Brasil, foi destinada para aprimorar processos e elevar a eficiência na unidade.
Mais de 300 robôs e uma nova unidade de pintura foram incorporados às linhas de montagem. Devido aos investimentos, não houve necessidade de contratação de mais funcionários para o local, que tem hoje cerca de 4.000 empregados.
As mudanças são um esforço para que a fábrica mantenha o ritmo atual de produção de um carro por minuto mesmo com a chegada do novo modelo. Também abrem a possibilidade para a fabricação de novos produtos globais no futuro.
De acordo com o vice-presidente da Ford, Rogelio Golfarb, a fábrica de São Bernardo do Campo oferece vantagens logísticas em relação à unidade de Camaçari (BA), mas demandava uma melhora de produtividade para receber um novo produto.
A previsão da marca é que, até 2015, todos os modelos vendidos no Brasil sejam produtos globais, assim como o novo Fiesta e o Ecosport, que foi desenvolvido no Brasil e é vendido por todo o mundo.O novo Fiesta, vendido em mais de 80 países, hoje é importado do México. O modelo deve chegar às lojas ainda no primeiro semestre e competirá diretamente com dois lançamentos recentes do segmento: o Onix, da Chevrolet e o HB 20, da Hyundai. A empresa não divulgou preços.Segundo Golfarb, a expectativa é ter vendas duas ou três vezes acima dos volumes atuais. No ano passado, a empresa comercializou 31.582 do novo Fiesta, entre o compacto e o Sedan.
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