Cresce número de domésticos com carteira assinada

No caso do emprego doméstico, a tendência é inversa: cresceram as contratações com carteira após a PEC que conferiu mais direitos aos trabalhadores do segmento.

O total de empregados subiu 0,5% frente ao terceiro trimestre (ou 9 mil pessoas) e 3,6% (ou 66 mil) na comparação com quarto trimestre de 2013.

Ainda minoria, o emprego com carteira nesse grupamento subiu de 31,1% para 32,1% no intervalo de um ano.

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A formalização do mercado de trabalho, um dos pontos citados pelo governo como um avanço nos últimos anos, sofreu um revés no último trimestre de 2014. O total de trabalhadores com carteira assinada caiu 0,4% na comparação com o terceiro trimestre.

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Perderam o status de trabalhadores formais 147 mil pessoas em todo o país, segundo dados da Pnad Contínua, divulgados nesta terça-feira (10) pelo IBGE. Trata-se do segundo trimestre seguido em que o indicador se mostra negativo.

Apesar da queda mais recente, o emprego com carteira cresceu 1,3% frente ao quarto trimestre de 2013 - o que corresponde a um acréscimo de 455 mil pessoas. Entre o quarto trimestre de 2013 e o mesmo período deste ano, foram abertas, ao todo, 993 mil vagas em todo o país.

Para Cimar Azeredo Pereira, coordenador de Emprego e Rendimento do IBGE, os dados revelam que a formalização desacelerou em 2014 e, nos dois últimos trimestres, já registra uma queda, o que indica "uma piora na qualidade dos postos de trabalho criados".

Apesar do retrocesso recente, o contingente de trabalhadores do setor privado com carteira subiu para 77,7% no quarto trimestre - o percentual era de 77,1% nos últimos três meses de 2013. O avanço das contratações formais, diz, ficaram concentradas no primeiro semestre do ano passado.

Pelos dados do IBGE, o total de empregados sem carteira assinada aumentou 2,2% do terceiro para o quatro trimestre. Em números absolutos, 230 mil pessoas foram admitidas de modo informal, o que não lhes garante proteção social e benefícios trabalhistas.

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Em termos de uma economia mais fraca - que acentuou sua freada no segundo semestre -, há uma tendência de crescer o emprego informal em detrimento das contratações com carteira assinada.