As principais lideranças do Paraná se reuniram nesta segunda-feira (11), no Câmpus da Indústria, em Curitiba, para discutir o novo Plano Estadual de Logística e Transportes do Paraná (Pelp) para o ano de 2035. A iniciativa, que faz parte do Fórum Permanente Futuro 10, ganhou força desde o Pelp para 2020 e agora reúne 20 entidades que organizam uma agenda positiva na área da infraestrutura do estado. No primeiro plano só quatro instituições participaram da elaboração do documento.
Estamos com mais maturidade e mais entidades estão participando. Com isso ganhamos no alinhamento das necessidades de obras e também na força política necessária para obtermos os recursos.
“A mobilização de lideranças agora é muito maior. Estamos com mais maturidade e mais entidades estão participando. Com isso ganhamos no alinhamento das necessidades de obras e também na força política necessária para obtermos os recursos”, afirma João Arthur Mohr, membro da câmara técnica do Fórum e do conselho de infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), uma das entidades que participam do grupo.
Além da reunião em Curitiba, já ocorreram outros cinco encontros com lideranças empresariais no interior do estado, nas cidades de Londrina, Maringá, Cascavel, Francisco Beltrão e Ponta Grossa. O objetivo das reuniões é oferecer subsídios ao poder público para as obras consideradas prioritárias no Paraná para as próximas décadas. O novo plano deverá ficar pronto em julho.
Pleitos históricos
As cerca de 50 obras que as lideranças devem incluir no Pelp 2035 são basicamente as mesmas contidas no primeiro plano, que tinha como base o ano de 2020. Na área portuária, o principal foco ainda é a liberação dos arrendamentos da área do Porto de Paranaguá, que dependia do sinal verde do Tribunal de Contas da União (TCU) para licitar o primeiro lote nos portos de Santos e Pará. A autorização veio na quarta-feira passada (6), após um longo processo que tramitava no tribunal desde o final de 2013.
“Se falarmos em termos de rodovias e ferrovias, as demandas são as mesmas de 30 anos atrás”, diz Mohr. A ferrovia que liga Maracaju (MS) a Paranaguá ainda é considerada como a obra preferencial no modal ferroviário, mas permanece no fim da fila dos estudos de viabilidade técnica do governo federal. O plano das lideranças estaduais é focar na execução de um trecho entre os 1.100 km totais da ferrovia, que liga Curitiba ao litoral.
As entidades querem agora sensibilizar lideranças políticas em Brasília para pressionar pelas obras no estado. “Na próxima fase, vamos envolver o poder público legislativo nas discussões e passar nos ministérios para fazer a divulgação das nossas demandas”, afirma o representante da Fiep.