Apesar da forte chuva, a tradicional marcha abriu o Fórum Social Mundial em Belém, no Pará. Os milhares de participantes cruzaram a avenida do centro da cidade com seus gritos de guerra contra a destruição do meio ambiente, o capitalismo predatório; e a favor da inclusão social, do povo palestino, dos índios da Amazônia e outras causas. A novidade foi a ausência do tradicional "fora Bush" e da bandeira americana queimada. Um garoto que desfilou enrolado na bandeira do povo que elegeu o democrata Barack Obama nem chegou a ser vaiado.

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Também houve gritos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, saídos de grupos do PSTU, e a favor, no grupo do PT. Em vários momentos da marcha, que parou o centro da capital paraense, a crise econômica mundial foi lembrada em gritos, discursos, faixas. Na verdade ela parece servir como uma espécie de combustível para o fórum, que vem perdendo força. A trombada do sistema financeiro é vista por muitos participantes como a confirmação das teses que defendem, sobre a necessidade de mudanças de rota na economia mundial.

Segundo os organizadores, quase 70 mil pessoas foram à marcha. Para os debates, que começam nesta quarta-feira (28) e vão até domingo, o total de inscritos deve chegar a 100 mil. Eles terão à disposição 2.400 eventos, entre seminários, debates, mesas-redondas, conferências atos e manifestações. Na área cultural estão previstas 200 manifestações.

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