Bancos gregos foram alvo de protestos ontem, em Atenas| Foto: John Kolesidis/Reuters

Paris e Bruxelas - A França se tornou o primeiro país europeu a aprovar a contribuição ao mais novo pacote de resgate à Grécia. O Senado aprovou a ajuda ontem, junto com o plano de austeridade fiscal apresentado pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, para reequilibrar a economia do país. A decisão ocorre em um momento no qual a Organização para a Cooperação e o Desenvolvi­mento Econômico (OCDE) adverte que os países desenvolvidos correm o risco de voltar à recessão. O resgate à Grécia só deve ser implementado em 2012. Diversos governos europeus têm pressionado Atenas a atender às condições impostas pelos credores em troca da ajuda.O resgate de 160 bilhões de euros à Grécia foi aprovado por líderes da zona do euro em 21 de julho, mas sofreu uma série de reveses políticos pelo continente e alguns especialistas já advertem que ele pode não ser suficiente para conter a crise da dívida. A participação francesa no resgate financeiro à Grécia é de 15 bilhões de euros – a França é a segunda maior economia da zona do euro. Os senadores da governista UMP, de centro-direita, votaram a favor; os socialistas se abstiveram e os comunistas votaram contra.

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"Sem saída"

Não existe "absolutamente nenhum debate" sobre uma possível saída da Grécia da zona do euro, afirmou ontem Amadeu Altafaj, porta-voz da União Europeia. "Nem uma saída, nem uma expulsão da zona do euro, são possíveis de acordo com o Tratado de Lisboa. O euro é irrevogável", acrescentou.

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Os comentários de Altafaj são feitos no momento em que aumentam os temores de que a Grécia poderia deixar a zona do euro. Apesar de afirmar que essa saída não está sendo discutida, o porta-voz deixou claro que a ajuda aos gregos depende do cumprimento das condições estabelecidas no pacote de resgate.