Parlamentares da França aprovaram nesta quinta-feira (08) a contribuição do país com o mais novo pacote de resgate à Grécia, tornando-a a primeira nação europeia a fazê-lo. O Senado aprovou a contribuição junto com o plano de austeridade fiscal apresentado pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, para reequilibrar a economia do país.
A decisão ocorre em um momento no qual a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) adverte que os países desenvolvidos correm o risco de voltar à recessão. O resgate de 160 bilhões de euros à Grécia foi aprovado por líderes da zona do euro em 21 de julho, mas sofreu uma série de reveses políticos pelo continente e alguns especialistas já advertem que ele pode não ser suficiente para conter a crise da dívida.
A participação francesa no resgate financeiro à Grécia é de 15 bilhões de euros. A França é a segunda maior economia da zona do euro. Os senadores da governista UMP, de centro-direita, votaram a favor, os socialistas se abstiveram e os comunistas votaram contra.
Hoje, a Grécia divulgou que sua economia encolheu mais 7% no segundo trimestre e a OCDE advertiu que o crescimento está se desacelerando nos países desenvolvidos. A OCDE recomendou que o pacote seja implementado rapidamente e defendeu medidas capazes de recapitalizar os bancos europeus, muitos dos quais são vistos como superexpostos a dívidas soberanas.
A aprovação de hoje fez da França o primeiro país europeu a aprovar o resgate à Grécia, que só deve ser implementado em 2012. Diversos governos europeus têm pressionado Atenas a atender às condições impostas pelos credores em troca da ajuda. As informações são da Dow Jones.