A ministra da Economia da França, Christine Lagarde, negou nesta quarta-feira que a França esteja planejando um pacote de 300 bilhões de euros (cerca de US$ 420 bilhões) para ajudar os bancos da União Européia. Mais cedo, uma fonte do governo da UE havia afirmado que a França planejava propor o pacote. Segundo a fonte, a proposta seria apresentada no sábado, em uma reunião convocada pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, com os outros países europeus que integram o G8 (grupo dos oito países mais ricos).

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Uma das questões que a serem discutidas no encontro de sábado é se a Europa deve preparar um plano de resgate como o elaborado e atualmente em discussão nos Estados Unidos. "Teremos uma reunião preparatória para o G8 ampliado, sábado, em Paris", explicou o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.

O encontro de sábado reunirá os governantes de Alemanha, França, Grã-Bretanha e Itália, além do presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, Juncker e o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet.

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Juncker disse ainda que os países do G8 – composto também por Estados Unidos, Canadá, Japão e Rússia – "não estão em condições de resolver por si próprios os problemas financeiros mundiais" e que é necessário ter outros países, entre os quais citou Índia e China, nas próximas reuniões.

A discussão sobre a elaboração de um pacote de resgate financeiro semelhante ao dos Estados Unidos deve esquentar as discussões. Josef Ackermann, presidente do Deutsche Bank, o maior banco da Alemanha, defende a idéia de que os governos europeus devem preparar um plano de resgate de seu setor bancário que possa ser utilizado em caso de emergência. "Se os Estados Unidos aprovarem um plano de resgate, a Europa também deve estar disposta a proporcionar soluções similares", declarou Ackermann.

Mas Juncker insiste que a Europa não precisa de um plano de resgate como o americano porque seu sistema bancário não está no mesmo "estado dramático".