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crise na europa

França quer papel maior do BCE; Luxemburgo critica Alemanha

A França considera que o Banco Central Europeu (BCE) deveria desempenhar um "papel essencial" na solução da crise da dívida na zona do euro, afirmou o chanceler Alain Juppe. Ao mesmo tempo, o governo de Luxemburgo considerou que a exigência da chanceler alemã Angela Merkel de revisar alguns tratados europeus para reforçar a disciplina orçamentária coloca em risco a Eurozona.

"É algo urgente", completou o ministro francês, em uma declaração que aumenta a pressão sobre a reticente Alemanha horas antes de uma reunião entre o presidente francês Nicolas Sarkozy e a chanceler Merkel, que não aprova o papel maior do BCE nem a criação dos eurobônus.

"Os fundamentos continuam sendo bons. O que não funciona é a confiança. Isto é o que precisa ser restabelecido. Penso que o BCE deveria desempenhar um papel essencial para restabelecer a confiança", afirmou Juppé.

Consultado sobre os fracos resultados de uma emissão de títulos da dívida da Alemanha na quarta-feira, o chefe da diplomacia francesa afirmou que a crise está afetando todas as economias, incluindo as mais sólidas.

Para o vice-premier de Luxemburgo, Jean Asselborn, é "utópico" querer mudar alguns artigos dos tratados europeus como exige Merkel.

"Estimada senhora chanceler, por acaso é um objetivo europeu iniciar um debate sobre mudanças significativas nos tratatos, quando estamos no meio, talvez, da fase mais difícil na busca de estabilidade para a Eurozona?", questiona Asselborn em uma carta aberta publicada no jornal Handelsblatt.

"Se por acaso persegue uma finalidade política interna, então faria bem em nos dizer claramente", completa.

Para o luxemburguês, a proposta de mudança nos tratados representa um risco de morte da União Europeia.

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