Diante da desaceleração do mercado imobiliário e o grande número de unidades em oferta, os imóveis usados também acabam chamando a atenção dos consumidores. Esta é a convicção do diretor-regional da Re/Max, David Gomes. Português com vasta experiência no mercado internacional, ele contou ao repórter Pedro Brodbeck porque o mercado paranaense é o segundo maior da empresa no Brasil e como o sistema de franquias imobiliárias avança no país.
Qual a relação do consumidor brasileiro com as franquias imobiliárias?
A Re/Max chegou em 2010 no Brasil. Víamos o mercado local com muito interesse e aguardávamos este momento com expectativa, pois dados da International Franchise Association (IFA) apontam o Brasil como o quarto país no mundo com maior aceitação de franquias de todos os tipos. O brasileiro gosta do trabalho em rede, com padrões de atendimento e sob uma mesma bandeira. Por isso, o mercado brasileiro sempre foi muito visado por nós.
E estas expectativas se concretizaram?
Sim. O mercado está saturado e passa por um momento de ajuste nos preços. Os lançamentos passaram por um momento difícil e isso acabou impactando o mercado de usados, que é o nosso principal foco de atuação. O resultado acabou sendo positivo para nós, pois aumentou a demanda pelos nossos produtos. Chegamos a 195 franquias vendidas neste período no país e a expectativa é de que este cenário se mantenha.
Qual a participação do Paraná nestes resultados?
O Paraná é o segundo estado em número de franquias vendidas, atrás somente de São Paulo. Muito disso se deve ao fato de ter sido um dos primeiros estados em que começamos a atuar, o que favorece um melhor resultado acumulado. Mesmo assim, o público local assimilou muito bem o nosso trabalho. Temos 25 franquias vendidas, 17 abertas e mais de 100 franqueados no estado.
Este sistema depende muito do trabalho dos franqueados. Como foi a captação destas pessoas há dois anos e como é hoje?
Estamos em um momento diferente de quando nos instalamos. Naquela época, precisávamos de um maior número de parceiros para espalhar a bandeira da empresa no estado. Hoje o cenário é diferente. Já temos um corpo de franqueados que acreditamos ter experiência e conhecimento da empresa. É um momento de seleção mais criteriosa para escolher quem vai e como vai comercializar os nossos imóveis.
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Klabin fatura 35% mais
A Klabin, a maior produtora e exportadora de papéis para embalagem do Brasil, fechou o primeiro semestre de 2012 com Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de R$ 593 milhões, um crescimento de 35% em relação ao mesmo período de 2011. A receita líquida da companhia totalizou R$ 2 bilhões, 5% acima do primeiro semestre do ano passado, mesmo com a redução de volume de 3%, o que, segundo a empresa, "confirma a estratégia que a Klabin vem adotando de preservar suas margens melhorando seu mix de produtos e buscando mercados diversificados."
A empresa, que já possui uma fábrica em Telêmaco Borba, investirá cerca de R$ 6,8 bilhões em uma nova unidade de produção de celulose em Ortigueira é o segundo maior investimento privado na história do Paraná depois da ampliação de R$ 10 bilhões da refinaria Getúlio Vargas, em Araucária.
O município de 60 anos e 23,3 mil habitantes ainda é economicamente baseado na agricultura, cenário que pode ser alterado totalmente nos próximos anos. Com previsão para começar a operar em 2014, a nova unidade deverá empregar 8 mil pessoas diretamente.
Além dos empregos em si, a Klabin "renderá" cerca de R$ 30 milhões em arrecadação de ICMS ao ano à Ortigueira os outros R$ 30 milhões que a unidade vai gerar serão divididos entre 11 municípios do entorno que fornecerão matéria-prima. O município que perdeu população no Censo 2010 e tem o menor IDH do estado tem tudo para mudar, espera-se que para melhor.
Entre as melhores
Pelo segundo ano consecutivo, a Sofhar Gestão&Tecnologia, empresa paranaense de soluções em Tecnologia da Informação e Comunicação, está presente na lista das Melhores Empresas para Trabalhar em TI & Telecom. A premiação 2012, que aconteceu nessa semana em São Paulo, é concedida pelo Instituto Great Place to Work parceiro também da Gazeta do Povo, todos os anos, na divulgação das melhores empresas para se trabalhar no estado. "Com isso sabemos que nossos objetivos de excelência na área estão sendo alcançados e que temos cumprido padrões mundialmente estipulados pelo GPTW. É mais uma grande conquista de todos os funcionários da empresa", afirma o diretor da Sofhar, Wilmar Prochmann.
Intercâmbio de experiências
Após estabelecer uma aliança comercial com a empresa Orbi Pro Arquitetos, de São Paulo e abrir uma representação da empresa no Panamá em 2011, a Proa Arquitetura acaba de firmar uma parceria com o escritório espanhol AARCME. O objetivo é aumentar a participação em concursos e com isso, captar novos clientes no Brasil e no exterior.
Profissionais de ouro
Está com dificuldade para atrair clientes e fechar novos negócios? A consultora Melina Kunifas ministra na sexta e no sábado (dias 3 e 4 de agosto) um curso voltado para profissionais liberais que pretendem entender melhor quem é seu público e determinar o valor a ser cobrado pelos serviços que oferecem. O curso será realizado no Cietep, em Curitiba, e mais informações podem ser encontradas no site www.melinakunifas.com.