O Frigorífico Garantia, o maior do Paraná, demitiu todos os funcionários nesta quinta-feira (5) e fechou as portas. Oitocentas pessoas que trabalhavam na empresa, localizada em Maringá, no Noroeste do estado, estão desempregadas.
"É bastante triste, viu? E é uma situação bastante preocupante. O que será das famílias agora? Sem emprego", questiona Márcia da Silva Oliveira, uma das funcionárias demitidas.
A crise começou há um ano e meio quando surgiu a suspeita de que algumas cabeças de gado estavam com febre aftosa. Desde então, os compradores internacionais suspenderam os negócios. Com três mil toneladas de carne estocada, parte dela guardada há quase um ano, o frigorífico teve que fechar as portas. Os donos dizem que agora vão tentar vender o produto no mercado interno.
Segundo os diretores do frigorífico, o fechamento não é definitivo. Eles dizem que se os países compradores suspenderem as barreiras à carne bovina paranaense e a exportação for retomada, o trabalho volta ao normal.
"Todas as negociações junto a organismos internacionais, junto a esses mercados de convencimento do trabalho que está sendo feito no país, vem sendo feito não de agora, mas há alguns meses", afirmou o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes.