Maringá Pelo menos 2 mil funcionários correm o risco de demissão e mais de mil animais deixam de ser abatidos diariamente nos dois frigoríficos de Maringá, que exportam carne bovina e também abastecem o mercado interno. O trabalho foi paralisado e está sendo realizada somente a manutenção dos equipamentos. "Fizemos só o trabalho de desossa e está tudo parado", informa o diretor de logística e exportação do Frigorífico Garantia Agropecuária, José Henrique Martins.
Ontem, o abate de aproximadamente 600 cabeças diárias foi totalmente interrompido, enquanto o transporte de cargas foi cancelado na sexta-feira devido às barreiras nas divisas com São Paulo e Santa Catarina. O grupo tem fábricas em Maringá e Amambaí (MS), que exportam 5 mil toneladas de carne ao mês. Deste total, 60% eram destinados à Rússia.
Somente a fábrica de Maringá tem uma produção mensal de 3,5 mil toneladas 80% embarcados pelos portos de Itajaí e Imbituba, em Santa Catarina. A paralisação do trabalho fez com que aproximadamente 200 toneladas de carne ficassem no frigorífico. A direção ainda não estimou o prejuízo com o primeiro dia de paralisação. Ontem, o pátio da empresa tinha 20 caminhões estacionados e os motoristas aguardavam orientação sobre fretes. Alguns deles disseram que foram para a estrada no fim de semana e tiveram que retornar ao frigorífico após serem barrados na divisa com Santa Catarina.
O Frigorífico Margen também está com as atividades paradas. São 20 unidades no país, sendo três no Paraná Maringá, Paranavaí e Lupionópolis. O grupo abatia uma média de 200 mil animais por mês antes do anúncio de foco de aftosa no Mato Grosso do Sul, sendo 40% do volume exportado e 60% para o mercado interno.
"Estamos aguardando as determinações legais", informa a responsável pela importação, Lúcia Duarte. "A carne produzida foi totalmente desossada e se encontra estocada." A planta de Maringá do Margen, o Frigorífico Centro Oeste, abate, normalmente, 600 ca-beças diárias e exporta uma média de 2 mil toneladas de carne por mês para a Rússia.
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