O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que foi sondado pelo governo Lula para integrar o Conselho de Administração da Braskem e que aceitará o convite caso a indicação seja aprovada pelos acionistas. A declaração foi dada durante entrevista concedida à agência Bloomberg, nesta segunda-feira (4).
“Eu fui sondado pela Casa Civil e me coloquei à disposição. Se acaso os acionistas e a Assembleia decidirem isso, então eu irei para o conselho da Braskem”, disse Mantega.
Após a repercussão da declaração de Mantega, as ações preferenciais classe A (PNA) da Braskem encerraram a segunda-feira em baixa. Os papéis abriram o dia em alta, mas chegaram a perder mais de 2% e fecharam o dia com queda suave de 1,43%, sendo negociados a R$ 18,63.
A Gazeta do Povo entrou em contato com a Casa Civil para confirmar a movimentação em torno no nome de Mantega e aguarda retorno.
O movimento do governo para emplacar Mantega na Braskem começou em março deste ano, meses após o presidente Lula (PT) não ter concretizado os planos de nomear o ex-ministro para comandar a Vale. Na época, Lula enfrentou resistência do mercado e regras rígidas para escolha do presidente e do conselho da empresa.
O Conselho de Administração da Braskem é formado por 11 assentos, dos quais 7 são indicações da Novonor (antiga Odebrecht) e 4 são indicações da Petrobras. A Braskem elegeu novos conselheiros recentemente em assembleia realizada no mês de abril.
Na mesma entrevista concedida à Bloomberg, Mantega disse que “o governo Bolsonaro continua gerindo a política monetária” e criticou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
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