A diretoria da Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal, aprovou a compra de mais 2,5 por cento de participação no projeto da hidrelétrica de Belo Monte, disse um executivo.
Com a decisão tomada, o fundo, que já é sócio da usina, deve agora fechar negócio com alguns dos parceiros que devem deixar o projeto.
"Temos alguns vendedores, que somam muito mais do que 2,5 por cento à venda. De quem nós vamos comprar divulgaremos mais à frente", disse nesta quinta-feira à Reuters o diretor de investimento do fundo, Demosthenes Marques.
Hoje, a Funcef tem uma participação, direta e indireta, de 3,75 por cento na Norte Energia, concessionária de Belo Monte. O fundo tem 2,5 por cento de cota direta e mais um quarto do Fundo de Investimento em Participações (FIP) que possui outros 5 por cento do empreendimento, o Caixa FIP Cevix.
Assim, com a efetivação da compra, a fatia direta e indireta detida pela Funcef aumentará para 6,25 por cento, mas, como destacou Marques, incluindo o FIP, o fundo de pensão estará dentro de um grupo que deterá 10 por cento do projeto.
Uma fonte na Norte Energia já havia dito à Reuters na semana passada que uma fatia de até 12,27 por cento do projeto de Belo Monte deve mudar de mãos até o fim deste mês.
Os vendedores de cotas são as empreiteiras que entraram como sócias do projeto. Segundo essa fonte, entre elas estariam a OAS e o grupo Queiroz Galvão, que possuem cada uma 2,51 por cento da Norte Energia, consórcio administra o projeto.
Os demais 7,25 por cento referem-se às participações de seis outras construtoras cujas fatias já vêm sendo negociadas há alguns meses: J. Malucelli Construtora (1 por cento), Galvão (1,25 por cento), Cetenco (1,25 por cento), Contern (1,25 por cento), Serveng (1,25 por cento) e Mendes Júnior (1,25 por cento).
Com potência de 11,2 mil megawatts (MW), a usina de Belo Monte, no rio Xingu (PA) é o maior projeto de energia elétrica do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
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