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Funcionários cercam Diplomata por salários atrasados

O abatedouro da Diplomata no município de Capanema, no Sudoeste do Paraná, está cercado por centenas de funcionários da empresa desde a manhã de ontem. Os trabalhadores exigem o pagamento dos salários atrasados dos meses de novembro e dezembro, além do 13° e as últimas três cestas básicas. De acordo com a Associação dos Avicultores de Capanema e Planalto, que está participando das negociações, a dívida com a folha de pagamento ultrapassa R$ 3,3 milhões.

"Esse valor é apenas os salários atrasados e as cestas básicas, pois a Diplomata não deposita o fundo de garantia desde setembro de 2008. Também não está realizando o pagamento das contribuições previdenciárias", explica Nilceu Natalino Cavalheiro, advogado da Associação. A empresa tem 1,1 mil empregados.

O objetivo do cerco é garantir que as 150 toneladas de frango que estão dentro do abatedouro não deixem o local. Segundo Cavalheiro, essa mercadoria seria a garantia de pagamento dos salários atrasados. A companhia tenta obter uma liminar na justiça para garantir o transporte do produto para comercialização antes que estrague, já que a Copel cortou o fornecimento de energia na sexta-feira, por falta de pagamento. As câmaras frias estão sendo mantidas em funcionamento com o auxílio de geradores.

Apesar do clima tenso, pouca coisa está sendo feita para resolver a situação. De acordo com os funcionários, inúmeras reuniões foram marcadas e, posteriormente, desmarcadas pela própria empresa. "Isso é uma manobra deles até conseguir tirar a mercadoria da fábrica", garante.

A Diplomata, empresa que pertence ao deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB), passa por um processo de recuperação judicial desde agosto em função das dívidas que ultrapassam R$ 600 milhões. Em outubro foi entregue o plano, que apontava alternativas para retirar o frigorifico do vermelho, ainda sem sucesso.

No mês passado, a empresa anunciou a suspensão temporária das atividades das unidades de Capanema e Xaxim, em Santa Catarina, por falta de recursos para continuar as operações. O frigorífico do Paraná está paralisado há uma semana e o localizado no estado vizinho foi repassado a outra empresa.

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