Mais de 50 fábricas e instalações da fabricante de automóveis General Motors nos Estados Unidos estão sendo afetadas por uma greve iniciada nesta segunda-feira (24). A paralisação foi iniciada depois do fracasso das negociações salariais e pode envolver mais de 70 mil funcionários.
O sindicato dos trabalhadores da indústria automotiva americana (UAW, na sigla em inglês) convocou os trabalhadores da GM a paralisarem suas atividades caso não se chegasse a um acordo nas conversações de negociação do acordo salarial da empresa.
Pela manhã, os metalúrgicos haviam fixado prazo até as 12h (horário de Brasília) para concluir as negociações com a montadora sobre os contratos trabalhistas. De acordo com a agência Associated Press, trabalhadores começaram a fazer piquetes em cinco fábricas da GM assim que o prazo venceu.
A GM destacou que as negociações prosseguiam, mas que ainda havia desacordos sobre aspectos técnicos.
O endurecimento do sindicato acontece quando as duas partes pareciam ter aproximado suas posições durante o fim de semana.
Um dos pontos de atrito é a tentativa da GM de negociar um acordo que lhe permita transferir as obrigações com 460 mil aposentados e seus cônjuges para um fundo independente, o que lhe permitiria suprimir US$ 50 bilhões de seu o balanço.
A greve atual seria a maior do país desde agosto de 2000, quando 87 mil funcionários da empresa de telecomunicações Verizon paralisaram suas atividades.