Funcionários da Petrobras ficaram nus em frente à sede da estatal nesta quinta-feira para protestar contra a proposta de acordo coletivo feita pela Petrobras. A Petrobras ofereceu uma reposição salarial de 4,18% mais abono de 30%. A proposta, já rejeitada pelos trabalhadores, exclui aposentados e pensionistas.
Eles também reclamam das mudanças no plano de aposentadoria complementar Petros, feitas no início do ano. As novas regras estabelecem como referência para os reajustes dos aposentados a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e não o mesmo adotado para os funcionários da ativa.
- Aprovamos este protesto em assembléia para mostrar o estado de penúria em que os aposentados da Petrobras se encontram, ficando pelados na frente da empresa - diz o secretário-geral do Sindipetro, Emanuel Cancella.
O Sindipetro tem uma pauta de reivindicação com mais de 100 itens e pede a reposição salarial, um abono por produtividade e mais perdas salariais dos últimos anos que, segundo Cancella, correspondem a 16 salários entre 1994 e 2006. O reajuste requisitado pelo sindicato é de 33,91%, incluindo aposentados.
Durante os protestos, os sindicalistas, que representam cinco dos 17 sindicatos de petroleiros do país, simularam o enterro do presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, e do gerente de Recursos Humanos, Diego Hernandes.
O Sindipetro também acusa a Federação Única dos Petroleiros de aceitar as propostas da Petrobras.
"As remunerações variáveis, níveis e bônus oferecidos à categoria na discussão do acordo coletivo são para buscar aprovação das assembléias, sempre com aval da FUP, deixando de fora o aposentado", diz o Sindipetro em nota.Assine O Globo e receba todo o conteúdo do jornal na sua casa