Depois de três dias de paralisação, os cerca de 2,3 mil empregados da fabricante de pneus Pirelli retomaram as atividades. Em assembléia realizada na noite de ontem (23), eles aprovaram a proposta da empresa de reduzir salários em 10% e diminuir a jornada de trabalho em 14% pelo período de dois meses além da estabilidade por quatro meses.
Dadas as circunstâncias do momento, esse acordo foi uma grande vitória, avaliou o presidente do Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo, Terezinho Martins da Rocha, referindo-se crise financeira internacional, que têm afetado, principalmente, nos Estados Unidos, as atividades da indústria automobilística. Para o sindicalista, entretanto, é "horrível ter de ceder redução da renda dos trabalhadores e de horas trabalhadas. Ele acredita que os efeitos negativos da crise já estão passando.
Rocha argumentou que defendeu a greve deflagrada às 22h do último sábado (22) por ter a informação de que a Pirelli iria demitir 150 funcionários. Segundo ele, 11 empregados chegaram, de fato, a ser cortados. Desses, três queriam deixar a empresa e quatro foram desligados porque tiveram o contrato em regime temporário vencido no período. Quanto aos demais, segundo Rocha, o sindicato continuará em defesa de uma revisão dos casos.
Em nota, divulgada na tarde desta terça-feira (23), em empresa avaliou de forma positiva o acordo negociado com o Sindicato da Borracha e que atinge a fábrica de Santo André. "Este acordo é, claramente, uma alternativa para a preservação da força de trabalho e demonstra o voto de confiança da empresa na retomada da economia", informa a nota.
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