Atualizado em 30/8/2006 às 10h52
Os funcionários da fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, em São Paulo, decidiram manter a greve por tempo indeterminado em assembléia realizada na manhã desta quarta-feira. A paralisação foi iniciada nessa terça-feira, após a empresa enviar 1,8 mil cartas de demissão aos trabalhadores.
Os funcionários entraram na fábrica, mas não estão exercendo suas funções.
Ao todo, a unidade de São Bernardo, a primeira da empresa no país, tem 12 mil funcionários, dos quais 8 mil diretamente ligados à fábrica e o restante à administração.
As cartas informam aos funcionários que a demissão será efetuada em novembro, quando expira o acordo de estabilidade firmado com representantes da categoria.
No Paraná
Os 3,8 mil funcionários da sede da montadora em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, devem se reunir em assembléia nesta quinta-feira para elaborar uma estratégia de apoio para os colegas de São Bernardo do Campo. A assembléia está marcada para as 14h - hora em que acontece a troca de turno. Não está prevista paralisação.
A assessoria de imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba (Simec) afirmou que neste momento não há previsão de demissão de funcionários na fábrica em São José dos Pinhais. Porém, existe a possibilidade de 900 funcionários serem demitidos no mês de janeiro.
Hoje são 3,8 mil funcionários na sede paranaense, número considerado mínimo para que a linha de montagem funcione. Segundo Simec, o número é tão pequeno que a fábrica deixa de produzir cerca de 100 carros por dia.