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Os 2,6 mil trabalhadores da fabricante de caminhões e ônibus Volvo, de Curitiba, avaliam nesta quinta a proposta salarial apresentada pela empresa. Eles estavam de folga desde o fim da semana passada e, conforme o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), "se a proposta não agradar, pode haver paralisações de protesto" ainda nesta quinta. Nas montadoras de automóveis Volkswagen e Renault/Nissan, de São José dos Pinhais, os 8,5 mil funcionários estão em greve há uma semana.

Nos últimos dois dias, a direção da Volvo e representantes do SMC discutiram a pauta de reivindicações da categoria. Os funcionários querem reajuste de 10% (repasse da inflação mais 5,3% de aumento real), abono de R$ 2 mil e reajuste do vale-mercado, que estaria congelado em R$ 60 há treze anos. Segundo a assessoria do sindicato, a contraproposta da montadora será revelada apenas na assembleia das 7h30 desta quinta, na porta da fábrica.

Os trabalhadores da Volks e da Renault também querem aumento de 10% e abono de R$ 2 mil e, no caso da montadora francesa, pedem ainda um reajuste de 1% pendente da negociação salarial de 2008. O SMC marcou assembleias para a próxima segunda-feira, que podem ser antecipadas caso as empresas apresentem novas ofertas. O sindicato estima que, desde o início da greve, as duas fábricas deixaram de produzir 7 mil veículos -- 3,9 mil na Volks e 3,1 mil na Renault.

A parada deve comprometer a formação de estoques para as próximas semanas, quando as montadoras tentarão aproveitar os últimos dias de IPI reduzido -- a partir de outubro, o imposto será elevado gradualmente até voltar aos patamares normais. A greve também afeta as fornecedoras de autopeças, em especial as instaladas nos condomínios industriais das montadoras. Cerca de 13 mil funcionários de fornecedoras da Volks e da Renault estariam ociosos em razão da queda nas encomendas, segundo o SMC.

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