Bancários de oito agências do Banco Itaú em Curitiba e duas em São José dos Pinhais, na região metropolitana, interromperam os serviços durante esta quarta-feira (5), fechando as agências durante o dia, para protestar contra o projeto que pretende ampliar o horário de atendimento em algumas agências do banco. Desde o início deste ano, essas agências estão funcionando em horários alternados: algumas das 9h às 16h; e outra das 11h às 19h.
Segundo o diretor do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Junior César Dias, a paralisação desta quarta foi uma maneira de alertar os bancos para a inviabilidade do projeto. "Devido ao número reduzido de trabalhadores do Itaú, esses funcionários estão sobrecarregados, fazendo hora-extra, deixando de estudar e cuidar dos filhos. Como não tem funcionário suficiente, não tem nem como fazer rodízio", afirmou.
Conforme Dias, desde abril de 2011 até agora, quase oito mil trabalhadores foram demitidos pelo Banco Itaú em todo o País, o que contribui para a sobrecarga de trabalho dos empregados. A Federação dos Bancários do Paraná, que reúne os sindicatos da categoria, não soube informar se houve paralisação em outras agências do Itaú no estado.
A reportagem tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa do Banco Itaú por volta das 19h10, mas não obteve retorno.
Santander
Para protestar contra uma possível demissão em massa, funcionários do Banco Santander também interromperam as atividades nesta quarta-feira (5). Na cidade do Rio de Janeiro, as agências localizadas na Avenida Rio Branco ficaram fechadas, pegando muitos clientes de surpresa. Segundo o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, não houve registro de suspensão dos trabalhos em agências do banco na cidade.
De acordo com a vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Adriana Nalesso, o banco já fez algumas demissões esta semana. "Ontem, nós tínhamos vários companheiros no sindicato que foram demitidos, a maioria com mais de 20 anos de empresa, alguns próximos da aposentadoria. O banco não está respeitando nada, nem o direito à estabilidade de pré-aposentadoria", destacou.
Os funcionários do Banco Itaú, que, segundo o sindicato do Rio de Janeiro, vem acompanhando um processo de demissões desde 2011, também aderiram ao movimento.
O sindicato da categoria de Curitiba informou que as demissões que vêm sendo realizadas pelo Santander nesta semana já afetaram Curitiba, mas que ainda não há previsão de quantas pessoas podem ter sido demitidas na cidade.
Até que as demissões sejam contabilizadas, o que deve acontecer até quinta-feira (6), o sindicato não vai se manifestar sobre o caso.
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