Movimento que nasceu nos EUA pede um salário mínimo de US$ 15 por hora para trabalhadores de fast-food| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo.

Integrantes do movimento por um salário mínimo de US$ 15 por hora nos Estados Unidos viajarão na próxima semana ao Brasil e outros países para unir esforços com sindicatos locais com o objetivo de conseguir um aumento salarial para milhares de trabalhadores da indústria da fast-food.

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"Somos um movimento global agora", disse à Agência Efe Dora Peña, de 50 anos e que trabalha de cozinheira em um McDonald's de Chicago há oito anos. Ela tem um salário de US$ 8,65 por hora, motivo pelo qual precisa de assistência pública para manter sua família.

Peña explicou que viajará junto com outra funcionária do McDonald's à Argentina e ao Brasil, onde esperam aprender sobre a situação dos trabalhadores de fast-food nesses países.

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Outros dois funcionários do McDonald's de Nova York viajarão à Dinamarca, Escócia, Inglaterra e França, enquanto outros dois de Los Angeles partirão rumo a Japão e Filipinas, explicaram os organizadores da iniciativa.

"Vamos compartilhar ideias com eles", disse Peña, que lamentou que nos Estados Unidos não haja um sindicato que os represente em nível nacional e lute por seus direitos.

"Não importa se estamos em Los Angeles, Tóquio ou Manila, nós estamos lutando a mesma batalha por melhores salários, direito a sindicalizar-nos e respeito no trabalho", afirmou Moses Brooks, um caixa e cozinheiro de 23 anos de Riverside (Califórnia), que viajará à Ásia em sua tentativa de melhorar sua situação - após três anos no McDonald's, ganha US$ 9 por hora.

"Esta viagem é para aprender sobre nós mesmos, fortalecer os laços entre trabalhadores americanos e nossos colegas no exterior e construir um movimento global", concluiu Brooks em comunicado.

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