Bancários do Paraná devem entrar em greve amanhã

Bancários de Cascavel, Maringá, Pato Branco, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, União da Vitória, Paranaguá, Goioerê, Telêmaco Borba, Cianorte, Londrina e Toledo vão paralisar as atividades a partir da meia-noite da quinta-feira (19)

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Assembleias do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR) realizadas nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa, Maringá, Foz do Iguaçu e Cascavel na noite desta terça-feira (17) decidiram que os servidores da categoria vão entrar em greve a partir da meia-noite de quarta-feira (18).

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Neste ano, os grevistas decidiram adotar uma postura diferente em relação às paralisações de anos anteriores. "Vamos fazer piquetes em frente aos CDDs (Centros de Distribuição Domiciliária) durante a manhã para convencer os trabalhadores a se juntarem ao movimento", informou o diretor-executivo do Sintcom-PR, Luiz Henrique Ferreira. Em Curitiba, há CDDs nos bairros Novo Mundo, Portão, Santa Cândida e Bacacheri.

À tarde, acontece uma assembleia no prédio central dos Correios na capital, que fica na Rua João Negrão, para determinar os próximos passos a serem adotados pela categoria.

Movimento nacional

A decisão do Paraná segue a adotada por outros seis sindicatos em Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Sul, Tocantins, São José dos Campos (SP) e Vale do Paraíba (SP). A reunião feita entre a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafo (ECT) nesta terça-feira (17) terminou sem acordo. A Fentect, que representa trabalhadores dos Correios em algumas regiões do Brasil, rejeitou a proposta da ECT.

O encontro aconteceu no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Em nota, o órgão informou que o vice-presidente do tribunal, ministro Antônio José de Barros Levenhagen - que presidiu a audiência - encerrou os trabalhos após as partes não chegarem a um entendimento, devido à resistência da federação de trabalhadores. O ministro Levenhagen apresentou uma proposta para que a categoria não entrasse em greve antes de uma tentativa de acordo no TST.

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O TST informa também que a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Correios (Findect) não compareceu à audiência e encaminhou petição informando que os sindicatos filiados a ela já haviam celebrado acordo com a estatal. Os trabalhadores dos Correios das bases de São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru, Tocantins, Rio Grande do Norte e Rondônia, ligados à Findect, aceitaram na sexta-feira (13) a proposta feita pela ECT, e por consequência, o fim da greve.

Segundo os Correios, o ministro do tribunal chegou a ressaltar que proposta econômica feita pela ECT era satisfatória. A empresa ofereceu reajuste de 8% nos salários (o que, segundo a ECT, repõe integralmente a inflação do período, de 6,27%, e garante ganho real de 1,7%); de 6,27% nos benefícios; pagamento de vale extra no valor de R$ 650,65, a ser creditado em dezembro; e Vale Cultura, dentro das regras de adesão ao programa implementado pelo governo federal.