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Funcionários da Cavo entraram em greve por tempo indeterminado na manhã de ontem. De acordo com o Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba e Região (Siemaco), os coletores e varredores temem uma possível demissão em massa com a venda da Cavo para a Estre.

A prefeitura de Curitiba informou, em nota, que notificou a Cavo, que tem 48 horas para regularizar os serviços de coleta domiciliar de lixo sob pena de multa diária de R$ 15 mil, já que o indicativo de greve não foi repassado com 72 horas de antecedência, conforme prevê a Constituição Federal.

Além da possível demissão em massa, negada pela empresa, os funcionários reivindicam 20% de aumento salarial, 50% de aumento nos vales alimentação e refeição e a contratação de mais coletores de lixo por caminhão. A categoria também luta por melhorias nos equipamentos de segurança, redução da jornada de trabalho e manutenção dos direitos já adquiridos.

Na manhã de ontem, os coletores e varredores da Cavo protestaram em frente à sede da empresa e impediram trabalhadores de fazer a coleta de lixo na cidade. O trânsito na Avenida Getúlio Vargas ficou bloqueado pelos manifestantes por seis horas.

Em nota, a Cavo Serviços e Saneamento S.A. disse que em nenhum momento os funcionários foram ameaçados e os direitos legais dos colaboradores vão permanecer inalterados. Com relação à venda da Cavo para a Estre, a empresa informou que a operação não altera a rotina e o atendimento à coleta e ao destino final de resíduos da cidade. O Siemaco deve reunir os trabalhadores em uma assembleia às 7 horas de hoje para decidir se a categoria continua em greve ou retorna ao trabalho.

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