Funcionários da refinaria de Manguinhos, na zona norte do Rio, fecharam, na manhã desta quinta-feira (18), duas pistas da avenida Brasil, uma das principais vias de acesso ao centro do Rio.
O grupo protesta contra a decisão do governador Sérgio Cabral (PMDB) de desapropriar a área da refinaria, algo em torno de 500 mil metros quadrados, para a construção de moradias populares. O protesto demorou uma hora e foi interrompido com a chegada da Polícia Militar.
O grupo alegou que com a decisão do governador cerca de 1.000 funcionários ficarão sem empregos. Em um evento na zona oeste da cidade, o governador demonstrou que não pretende voltar atrás da decisão.
"É natural que os donos da refinaria estimulem as manifestações. É uma ex-refinaria que não paga seus impostos, não refina nada. O investimento em reparação [ambiental] vale a pena. Vamos devolver ao Rio uma área que virou uma sucata de tanques abandonados, de refino, que não existe, que serve para estocagem de combustíveis que vem de outros lugares", afirmou o governador.
De acordo com o presidente da refinaria de Manguinhos, Paulo Menezes, o local não tem condições de ser ocupado para moradias por ter o terreno contaminado. "Estou tentando explicar ao governador que ele construirá covas, ao invés, de casas", disse.
Os acionistas minoritários da empresa, cerca de 6.500, pretendem entrar na Justiça para garantir que não percam dinheiro com a desapropriação.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast