Os funcionários alegam que a empreiteira contratada para a construção do empreendimento teria demitido os trabalhadores sem o pagamento dos salários do mês de fevereiro e das verbas rescisórias| Foto: Henry Milléo / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Trinta e dois funcionários de uma empresa terceirizada da Thá Engenharia protestaram em frente a uma obra no bairro Água Verde, em Curitiba, durante toda esta quarta-feira (29). Eles alegam que a empreiteira Soares e Paixão Limitada, contratada para a construção do empreendimento, teria demitido os trabalhadores sem o pagamento dos salários do mês de fevereiro e das verbas rescisórias. A obra é da Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI), que repassou a obra à Thá Engenharia, que terceirizou os serviços para a Soares e Paixão Limitada.

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Um novo protesto está marcado para esta quinta-feira (1º), a partir das 8h. Os funcionários afirmam que só encerrar a série de manifestação quando receberem ao menos o salário e o vale-compras referentes ao mês de fevereiro.

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Curitiba e Região Metropolitana (Sintracon) alega que a Soares Paixão Limitada disse que os trabalhadores deveriam acionar a Justiça para receber os benefícios.

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O Sintracon cobra da Thá Engenharia que os salários sejam pagos. A diretora do Sintracon, Maria Neuza Lima de Oliveira, esteve no local desde a manhã e afirma que o engenheiro responsável pela obra, que conversou com o sindicato e os trabalhadores, sinalizou que a construtora não irá realizar o pagamento.

"Vamos ficar acampados aqui até que os salários sejam pagos, se necessário vamos fazer uma passeata até o escritório e invadimos o local para mostrar que o trabalhador não pode ser tratado deste jeito", ressalta Maria Neuza. Segundo a diretora do sindicato, caso a empresa se comprometa a realizar o pagamento até o dia 5, os trabalhadores vão suspender o protesto.

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Thá Engenharia informou, por meio de nota, que a Soares e Paixão Limitada prestou serviços e teve o seu contrato rescindido, "na forma legalmente estabelecida, com o integral cumprimento de suas obrigações". "Os assuntos que envolvam a Soares e Paixão Limitada e seus próprios empregados (por salários não vencidos e por eventual rescisão contratual) devem ser manejados diretamente entre eles e o Sindicato que os represente", concluiu a nota.

Por meio da assessoria, a Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI) informou que está se inteirando da situação junto à Thá Engenharia, construtora contratada para a execução da obra e responsável pela contratação da empresa terceirizada Soares Paixão.

A Soares e Paixão Limitada não foi encontrada pela reportagem para comentar o assunto.

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