David Neeleman lidera consórcio interessado em comprar a TAP.| Foto: Paulo Whitaker/Reuters

O empresário David Neeleman, fundador da Azul Linhas Aéreas, lidera um consórcio que entregou nesta sexta-feira (15) uma das três propostas de compra da companhia portuguesa TAP. Também estão no páreo pela estatal , que será privatizada, Germán Efromovich, controlador da Avianca, e o empresário português Miguel País do Amaral, de acordo com o jornal Diário Económico.

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De acordo com outro jornal português, O Observador, o ministro da Economia português, António Pires de Lima, afirmou que a expectativa é que o processo de privatização seja concluído até o final de maio. Para isso, será necessário que a companhia aérea se pronuncie quanto às propostas apresentadas. Esta é a segunda tentativa do governo português de privatizar a companhia em menos de três anos.

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O vice-presidente Michel Temer afirmou no mês passado que havia discutido a venda da TAP com companhias aéreas brasileiras, citando Gol, Azul, Avianca e TAM, propriedade do grupo Latam.

Em 2011, Portugal concordou em vender a TAP como uma condição de receber ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia. No ano seguinte, o governo rejeitou a única proposta de compra, feita pela Synergy, do magnata sul-americano Germán Efromovich, que controla a Avianca, alegando falta de condições financeiras previstas pelo investidor latino-americano.

Em novembro de 2014, o governo português decidiu relançar o processo de privatização, visando a venda de 66% da TAP, sendo 5% reservados aos trabalhadores. Os 34% restantes devem permanecer em poder do Estado.

A TAP, cujo negócio inclui uma unidade de manutenção no Brasil e a própria companhia aérea, registrou um prejuízo de 46 milhões de euros em 2014, face ao lucro de 34 milhões de euros em 2013, penalizada por problemas operacionais, incluindo 22 dias de greve e atrasos na entrada em operação de aviões.

A Azul voa para mais de 100 destinos. A TAP voa para 198 destinos, incluindo 65 na América do Norte e na América do Sul, e suas várias rotas no Brasil fazem dela uma companhia atraente.

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