Fundos de pensão de estatais, estados e municípios correm o risco de amargar prejuízos após terem investido pouco mais de R$ 1,5 bilhão no banco Cruzeiro do Sul.

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A instituição financeira está sob intervenção do Banco Central desde segunda-feira, por problemas na contabilidade e no descumprimento de normas do sistema financeiro. O rombo detectado foi de R$ 1,3 bilhão.

Segundo reportagem do jornal "O Globo", entidades de previdência dos fundos de estatais aplicaram R$ 1,09 bilhão no banco. Instituições de servidores estaduais e municipais, por sua vez, creditaram R$ 426 milhões na instituição.Em São Paulo, o futuro do Cruzeiro do Sul pode afetar créditos feitos por fundos de 22 municípios, como São Bernardo do Campo, Bauru e Catanduva.

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Segundo o secretário de Previdência Social, Leonardo Rolim, apesar da ameaça, dificilmente o prejuízo para esses investidores será equivalente ao montante total aplicado.

"Esse R$ 1,5 bilhão não pode ser visto como dinheiro perdido", diz Rolim. "No caso do Banco Santos, que parecia ser mais sério, não houve prejuízo total [para os fundos de pensão]. Mais da metade das aplicações foram recuperadas."

Segundo o secretário, um estudo mais detalhado sobre quanto cada fundo aplicou deve ser finalizado na terça-feira. "Imagino que a parte perdida será uma parcela pequena. Alguns fundos podem nem ter prejuízo, mas isso ainda precisa ser estudado e não é uma conta simples."Por enquanto, ainda é preciso esperar que o BC conclua varredura na instituição para verificar se os ativos têm ou não lastro.

Intervenção

Os dirigentes e controladores do banco Cruzeiro do Sul foram afastados pelo Banco Central e o FGC (Fundo Garantidor de Créditos) foi nomeado administrador temporário, por 180 dias.

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Mesmo sob o atual Raet (Regime de Administração Especial Temporária), a instituição financeira segue em funcionamento.

O prazo para pagamento de dívidas e as datas de vencimento de compromissos de terceiros com a instituição seguem o cronograma original.