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Aposentadoria

Fundos de pensão querem 25% do PIB

Os fundos de pensão brasileiros querem somar mais de 4 milhões de participantes e R$ 560 bilhões em carteira de investimentos em 2010, o equivalente a 25% do Produto Interno Bruto (PIB). Os planos de crescimento incluem a conquista de 1,6 milhão de novos participantes nos próximos três anos e a manutenção da rentabilidade média de 17%, que já vem sendo registrada na última década. A poupança das aposentadorias complementares patrocinadas por empresas privadas e públicas deve fechar o ano acima dos R$ 345 bilhões (17,8% do PIB), com uma rentabilidade projetada de 18,82% em 2006. Como gerir esse patrimônio, alcançar as metas e se comunicar melhor com os participantes são alguns dos temas que mais de 2 mil especialistas discutem até amanhã, em Curitiba, durante o 27.º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão.

"O número de participantes ainda é pequeno. Queremos incentivar os planos instituídos por sindicatos, ordens de classe e cooperativas, para aumentar a inclusão social por meio da previdência complementar", afirma o presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Fernando Pimentel. Cada um dos 10 maiores sindicatos e órgãos de classe (como Ordem dos Advogados do Brasil e conselhos de medicina) do país, aponta um levantamento feito pela Abrapp, tem cerca de 2 milhões de associados. "É claro que nem todos se interessariam em participar dos fundos de pensão, mas podemos saltar rapidamente em três a cinco anos de 2,4 milhões para 4 milhões de participantes", diz Pimentel.

O atrativo para mais clientes leva em consideração a manutenção do rendimento após a aposentadoria. Enquanto a Previdência Social paga um benefício médio de R$ 537, a aposentadoria média dos fundos de pensão é de R$ 3.086, informa a Abrapp. O presidente da entidade destaca que a inclusão de mais participantes em fundos de pensão contribui para o desenvolvimento sustentável do país. "O aposentado com maior renda consome mais produtos, gera mais empregos, movimenta a economia", resume. De acordo com a Abrapp, os fundos de pensão brasileiros têm 1,86 milhão de participantes ativos e 614 mil assistidos.

A rentabilidade da previdência complementar no Brasil é resultado de aplicação de 62,6% da poupança das contribuições em renda fixa, 29,5% em renda variável, 4,4% em imóveis, 2% em empréstimos a participantes e 1,5% em outros tipos de aplicação. O rendimento de 18,82% leva em consideração um resultado de 14,42% da renda fixa e de 28,87% na renda variável. A meta atuarial (valor mínimo esperado para retorno de investimentos dos recursos garantidores dos planos) para 2006 era de 8,65%. "Não temos notícia de que algum fundo de pensão tenha deixado de alcançar pelo menos a meta atuarial", avisa Pimentel.

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