Os fundos de renda fixa, que acompanham as taxas de juros, lideraram em novembro o ranking de aplicações financeiras nos últimos doze meses, período tumultuado pelas eleições presidenciais, indefinição sobre a equipe econômica e perspectiva de aumento nos juros nos EUA.
Esses fundos investem em títulos de dívida prefixada, que embutem um prêmio acima da taxa Selic (juros do governo) para compensar o risco de eventuais flutuações, como em períodos de alta de juros como o atual.
Em novembro, esses fundos acumulavam um ganho em 12 meses de 9,53% após descontar o IR (Imposto de Renda) pela alíquota de 17,5% (vigente para resgate entre 361 a 720 dias).
Já os fundos DI, considerados de menor risco por seguir a variação da Selic, renderam 8,93% no período, também descontado o imposto de renda. Com a recente escalada do dólar (subiu 4,27% em novembro), o ganho do DI ficou abaixo dos 9,21% acumulado pelos fundos cambiais, utilizado para diversificar as aplicações.
Diante da instabilidade internacional, ouro também bom desempenho em novembro, com variação de 3,74% no mês e de 5,19% em 12 meses.
A poupança teve rendimento de 0,55% -abaixo da inflação de 0,6% esperada para o IPCA em novembro. Em 12 meses, no no entanto, ela praticamente empata: tem ganho de 7,02%, contra inflação de 6,59% acumulada em 12 meses (até outubro).
A Bolsa teve o pior desempenho, com ganho de 1,44% no mês e de 3,6% em 12 meses, também líquido de IR.
Perspectiva
Para Fabio Colombo, administrador de investimentos, o desempenho das aplicações em dezembro dependerá do debate sobre o momento do aumento dos juros nos EUA, os dados sobre crescimento na China, EUA e Europa, além da evolução do preço do petróleo.
No país, afirma ele, as atenções se concentrarão nas possíveis medidas adotadas pela nova equipe econômica e os desdobramentos da operação Lava Jato da Polícia Federal envolvendo a Petrobras.
"A nova equipe econômica é um reconhecimento de que precisa mudar a política econômica e recolocar a casa em ordem", disse Newton Rosa, economista da SulAmerica.
Para Felipe Miranda, sócio da Empiricus, o dólar pode acentuar o ritmo de alta nos próximos meses, podendo chegar a R$ 3. Por esse motivo, ele considera a aplicação em fundos cambiais uma alternativa de diversificação de até 15% das reservas do pequeno investidor.
"Ficar no dólar com juros de 11,25% pode ter um custo importante. Mas manter um mínimo em dólar ajuda a equilibrar até o padrão de consumo. Se vier uma inflação via dólar, você ganha também e resguarda o poder de compra", disse.
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