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Fundos imobiliários crescem e voltam a ganhar destaque; saiba como investir

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(Foto: Antônio More/Gazeta do Povo)

Depois de amargar perdas de 5,4% no ano passado, quando houve um agravamento na crise econômica, os fundos imobiliários voltaram a se destacar entre os investimentos com maiores ganhos em 2016. De janeiro a setembro deste ano, o índice que acompanha o desemprenho dos ativos (IFIX) teve um crescimento de 28,9%, com tendência de alta para os próximos anos.

Veja a evolução do investimento nesse tipo de fundo em 2016

De acordo com analistas do mercado financeiro, as perspectivas positivas se devem ao reaquecimento da economia brasileira e ao indicativo de uma continuidade na queda da taxa básica de juros, que foi reduzida para 14% ao ano pelo Copom nesta semana. Com isso, há uma melhora nas condições de crédito para os setores produtivo, do varejo e para as pessoas físicas, além de uma queda nos ganhos com a renda fixa.

Alternativa mais em conta do que a compra direta de imóveis, os fundos oferecem cotas a partir de R$ 100 e dão aos clientes a oportunidade de aplicar em shopping centers, agências bancárias, hospitais, galpões de logística e salas comerciais. Mas, antes de escolher uma destas opções, é necessário observar quais são os tipos de imóveis que compõem as carteiras dos fundos, a região em que foram construídos e quais são os contratos. “É importante que o investidor entenda o setor imobiliário. Escolher o melhor fundo é tão complexo quanto decidir em qual empresa investir. Há fundos focados em salas comerciais grandes e pequenas e com diferentes tipos de contratos, e tudo isso deve ser considerado antes da compra”, alerta o sócio-fundador da Praisce Capital, Antônio Marmo.

Um outro erro comum é olhar apenas para os ganhos anteriores dos fundos, sem considerar o contexto econômico do país e da cidade em que os imóveis foram construídos. Segundo o sócio-fundador do Grupo L&S, Alexandre Wolwacz, uma forma de minimizar os riscos de perdas é escolher ativos com uma variedade de imóveis em diferentes partes do país. “Fundos formados por um ou dois imóveis correm riscos maiores de perdas durante períodos de crise. Em momentos como esses, fundos relacionados a salas comerciais também costumam ser arriscados, assim como o setor de varejo”, acrescenta.

Carteiras compostas por agências bancárias, que estão sendo “enxugadas” em todo o país, são outro exemplo de composições que apresentam uma tendência de perda nos próximos anos. Além delas, os analistas apontam para os riscos dos fundos que possuem imóveis locados para uma empresa só, a qual pode passar por maus bocados e levar os cotistas a sofrerem com inadimplência ou vacância.

As cotas dos fundos imobiliários são negociadas na Bolsa e vendidas por corretoras de independentes ou de bancos e são ativos de maior risco. As taxas cobradas são a de administração, de corretagem, para a compra e venda no mercado de ações, e o imposto de 20% sobre os ganhos com a venda das participações.

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