Os fundos imobiliários, que cresceram acompanhando o boom do setor até 2012, decepcionaram em 2014 pelo segundo ano consecutivo, resultado dos escritórios e shoppings vagos em razão da fraqueza da economia.
Esse fundos caíram em média 2,8% no ano passado, segundo o Ifix (Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários) da BM&FBovespa, principal termômetro do desempenho do segmento. Em 2013, a baixa fora de 12,7%.
Desde o auge em 2012, quando renderam 35%, o número de cotistas desses fundos caiu de 104 mil para 93 mil. O valor de mercado desabou de R$ 30 bilhões para R$ 25 bilhões.
Em 2014, os fundos imobiliários só foram melhor do que aqueles que seguem o Ibovespa e recuaram 4,33%.
A principal vantagem da categoria é a isenção do IR (Imposto de Renda) no rendimento, como ocorrem com a poupança e as letras imobiliárias (LCI) e do agronegócio (LCA).
No ano passado, porém, os juros subiram tanto (a Selic foi de 10% a 11,75% ao ano) que, mesmo após o desconto do IR, o ganho dos fundos DI e de renda fixa superaram com folga o dos fundos imobiliários. Os fundos DI subiram 8,91% e os de renda fixa, 9,31% após o IR de 17,5% válido para resgate em um ano.
"O ano não foi favorável para a categoria. Aumentaram os juros, tivemos a vacância de vários imóveis e um ajuste nos preços que estavam altos", disse Mauro Mattes, da corretora Concórdia.
Segmentos
No ano passado, o melhor desempenho no segmento foi dos fundos de agências bancárias, que são aqueles que alugam os prédios comerciais em contratos de dez anos para a rede de atendimento dos bancos.
Foi o caso do Fundo AG Caixa, de prédios da Caixa, que tiveram alta de 13,4%. Por outro lado, lideraram as perdas os fundos que aplicam em hotéis, caso do Fundo Hotel MX, que recuou 37%.
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