As agruras enfrentadas pelo mercado financeiro devido às expectativas de aumento de juros nos Estados Unidos favoreceram, no mês passado, a retirada de recursos de países emergentes, como o Brasil. Os fundos de investimento do país tiveram um resgate líquido de R$ 491 milhões em maio, segundo a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid). A última vez que os fundos tinham perdido recursos foi em dezembro do ano passado, quando os resgates superaram as aplicações em R$ 4,66 bilhões.
Com a menor demanda, o valor de ações e títulos de empresas brasileiras caiu, o que incentivou o resgate de recursos pelos investidores. O Ibovespa (principal índice das ações negociadas na Bovespa) recuou 9,5% no mês passado e liderou as perdas de investidores. Os fundos de ações, no entanto, tiveram ingresso líquido de R$ 627 milhões,
Os fundos que mais perderam recursos foram os atrelados à dívida externa, que tiveram captação negativa de R$ 1,327 bilhão. Já os fundos cambiais, que perderam pouco mais de R$ 25 milhões no mês passado, tiveram a mais alta rentabilidade, de 10,11%.
Ano
Apesar do resultado negativo de maio, os fundos de investimento brasileiros permanecem com uma captação líquida de R$ 41,7 bilhões neste ano. O patrimônio administrado pela indústria alcançou R$ 807,4 bilhões no encerramento de maio, contra R$ 719,9 bilhões em dezembro de 2005.
Os fundos de renda fixa acumulam captação de R$ 15,4 bilhões nos cinco primeiros meses deste ano, seguidos pelos multimercado com R$ 13 bilhões e ações com R$ 3,1 bilhões.
Impasse sobre apoio a Lula provoca racha na bancada evangélica
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Copom aumenta taxa de juros para 12,25% ao ano e prevê mais duas altas no próximo ano
Eleição de novo líder divide a bancada evangélica; ouça o podcast
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast