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Faça você mesmo

É possível elaborar mecanismos de proteção por conta própria na hora de investir em fundos. Veja como:

Variedade

É preciso dividir os recursos entre renda fixa e renda variável. A maior parte do dinheiro, cerca de 90%, deve ser investida no primeiro grupo (CDBs e títulos públicos). O restante, deve ser aplicado em ações ou produtos mais agressivos.

Prazo mínimo

O investidor, assim como fazem os bancos, deve colocar um prazo mínimo e limite para fazer o resgate. Para que os cálculos fiquem mais simples e o rendimento fique sob total controle, o ideal é que seja um ou dois anos completos.

Taxas

Por mais que o investidor independente fuja da taxa geral de administração do fundo, ele terá que pagar taxas de cada um dos produtos que escolher. Elas são negociáveis e geralmente são 1% do dinheiro aplicado.

Ajuda

O investimento por conta própria é trabalhoso. A ajuda de algum consultor financeiro pode ser fundamental em um primeiro momento.

20%

É, em geral, a taxa máxima de rendimento proposta pelos bancos nas aplicações em fundos protegidos, a ser descontado o imposto de renda. Fundos mais ousados toleram uma alta de até 60%.

Bolsa em alta

Boa parte da alta verificada no Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, nos últimos dois meses, tem relação com a divulgação de pesquisas eleitorais que apontam para uma queda nas intenções de voto na presidente Dilma Rousseff em outubro. Como reflexo disso, as ações de estatais ganharam fôlego, com os investidores avaliando que uma eventual vitória da oposição possa reduzir o uso dessas empresas como instrumento político.

Em março, o Ibovespa – principal termômetro do mercado de ações no Brasil – chegou a registrar uma queda de 10% no ano. Desde então, houve uma alta de quase 11%. Diante da volatilidade dos papéis no Brasil, voltam à tona as opções de fundos de capital protegido: aplicações em investimentos de alto risco, mas com uma blindagem que limita as perdas. Se por um lado o investidor tem a garantia de não ter prejuízos, é preciso escolher bem em que fundo aplicar e saber que há um teto para os rendimentos.

INFOGRÁFICO: Altos e baixos da bolsa

Geralmente, em cenários de instabilidade, os bancos abrem chamadas para a captação de recursos para estes fundos. É determinado um prazo para o resgate do dinheiro e os parâmetros limites, que vão determinar quanto é tolerável que o investimento se desvalorize e, em contrapartida, quanto ele pode render naquele período. Via de regra, as aplicações duram de 12 a 24 meses.

Entre os fundos protegidos mais ousados, é tolerada uma queda de até 25%, com uma alta de 60% – mas geralmente o banco garante que não exista perda e que os rendimentos sejam de até 20%, a ser descontado o imposto de renda. "Não existe nenhuma garantia de que o retorno será alto, mas o investidor tem uma boa perspectiva e a segurança para fazer isso", afirma o especialista em finanças pessoais Edison de Mello.

Isso acontece porque o banco faz a captação e diversifica o investimento: aplica parte dos recursos em produtos de baixo risco e uma porção menor em papéis mais agressivos. Caso a bolsa varie dentro dos parâmetros estipulados, o ganho do investidor será pago na mesma proporção. Além disso, o fundo cobre a perda ou retém o ganho excedente. "Esta é uma forma de oferecer renda variável aos clientes que não têm tanto apetite por risco ou que não estão familiarizados com isso", afirma Marcelo Ventre, superintendente adjunto de distribuição de produtos estruturados do Citi.

Variação

Geralmente os bancos não mantêm fundos permanentes nestes moldes, mas abrem chamadas de tempos em tempos para angariar investidores. Nos últimos meses, Santander e HSBC abriram programas. Atualmente, o Banco do Brasil conta com algumas modalidades em aberto.

Mesmo em momentos em que não há nenhuma chamada aberta, investidores interessados e com maior familiaridade com investimentos também podem fazer aplicações variadas por conta própria. "Basta separar uma quantia que já está poupada e investir para fazer a diversificação", explica Mello.

Nestes casos, o investidor não precisa ter a quantia mínima exigida pelas instituições financeiras, a partir de R$ 5 mil, e nem arcar com a taxa de administração que estes fundos cobram – em média, de 1,5%.

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