Representantes de vários países estavam na cidade de Los Cabos, na ponta sul da península mexicana de Baja Califórnia, para uma conferência da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Mas, de acordo com informações do site da OCDE o encontro foi transferido para a Cidade do México em razão da aproximação do furacão Jimena. A data do evento de dois dias, amanhã e quarta-feira, não foi alterada.
Equipes de emergência construíram abrigos para milhares de famílias que podem ser atingidas pelo furacão. De categoria 4, o Jimena pode atingir o sul da península nesta terça-feira à noite, segundo serviços de meteorologia. Pelo menos 10 mil famílias serão evacuadas de locais onde há possibilidade de enchentes, disse Francisco Cota, diretor local da Defesa Civil. Segundo ele, 60 abrigos foram montados. "Eu acho que será um furacão substancial quando chegar", disse Richard Pasch, do Centro Nacional de Furações, em Miami.
Mais ao sul, o Jimena atingiu a costa oeste do México e trouxe fortes ventos, que chegaram a arrancar árvores pela raiz na cidade turística de Zihuatanejo. Nesta segunda (31), o furacão tinha ventos máximos de quase 230 quilômetros por hora e estava se movendo para o noroeste, a cerca de 13 quilômetros por hora. O olho do furacão estava localizado a cerca de 550 quilômetros ao sul-sudeste do Cabo de San Lucas. As autoridades de Cabo Corrientes estavam montando abrigos no caso de ocorrerem fortes ventos e chuvas, disse Arturo Garcia, funcionário da Defesa Civil de Jalisco.
O centro de furacões dos Estados Unidos emitiu um aviso para os moradores no leste do México e da parte sul da península da Baja Califórnia para acompanharem a evolução do Jimena. Em alto-mar, no Oceano Pacífico, a tempestade tropical Kevin perdeu força e se tornou uma depressão tropical, com ventos de 55 quilômetros por hora. Seu centro foi localizado a cerca de 1.400 quilômetros a oeste-sudoeste da ponta sul da península de Baja Califórnia.