O Brasil não depende dos Estados Unidos na questão do etanol. Pelo contrário, os norte-americanos é que dependem da tecnologia brasileira neste mercado. A afirmação foi feita hoje pelo ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, ao ser questionado sobre a possibilidade de redução da tarifa de importação praticada pelo governo americano sobre o álcool brasileiro.
O ministro, que participou hoje da cerimônia de posse do novo conselho de administração da Câmara Americana de Comércio (Amcham), disse que foram "plantadas muitas sementes" durante a visita do presidente norte-americano, George W. Bush, ao Brasil, ocorrida na semana passada. "Ficou uma lição de casa para nós e para os americanos, que poderá se desdobrar na visita que Lula fará aos Estados Unidos no final do mês", disse Furlan.
Ele afirmou ainda que o Brasil obteve "uma mídia mundial muito positiva" com o reconhecimento de Bush sobre a liderança brasileira na tecnologia para a produção de energias renováveis. "Isso vai gerar um interesse de investidores em todo o mundo e provavelmente vai acelerar os processos de utilização do etanol e biodiesel por muitos países do mundo, uma vez que o governo americano passou a ser um avalista do processo brasileiro", explicou o ministro.
Furlan admitiu que as discussões sobre o etanol acabaram ofuscando o debate sobre outros setores envolvidos no comércio entre Brasil e Estados Unidos. "O tema principal era o Bush conhecer mais os detalhes sobre a experiência brasileira [em etanol]", concluiu.
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