A fusão entre as companhias aéreas Azul e Trip, anunciada nesta segunda-feira (28), poderá resultar em aumento de preços nas linhas regionais, na medida em que as companhias serão dominantes e não haverá mais a competição. Para os clientes das duas empresas, que juntas vão faturar mais de R$ 4 bilhões, não deve haver grandes mudanças por enquanto, uma vez que elas continuarão operando separadamente até que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Conselho Administrativo de Direito Econômico (Cade) aprovem a operação.
"As duas empresas continuarão independente até a aprovação dos reguladores, e quando isso acontecer vamos explicar como ficará os uniformes das tripulações e qual das bandeiras (Azul ou Trip) será pintada nas aeronaves", disse o fundador e atual presidente da Azul, David Neeleman.
Com a fusão, as duas empresas terão uma frota de 112 aeronaves -- 62 jatos Embraer e 50 turboélices ATR -- e passarão a deter 15% de participação no mercado doméstico de passageiros. São 837 voos diários e 316 rotas, totalizando 96 cidades atendidas pelas duas empresas.
Embora concorram entre si em cerca de 15 dessas cidades, Neeleman afirmou que os passageiros dessas localidades não devem perder com a fusão. "Temos só 15% das rotas que se sobrepõem, o que é pouco e também há poucas cidades em que somos os únicos, mas o que queremos é criar mais frequências nessas cidades", afirmou o executivo, citando o caso de Macaé, onde a Trip é a única operadora por ter aviões menores, os ATR 42, de 48 assentos."A Trip voa de lá para o Santos Dumont, mas agora poderemos ter voos para o Galeão e Campinas (SP), onde temos 40 voos para todo o país", disse.
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