O presidente da Telefônica, César Alierta, declarou estar “muito satisfeito” com a recente compra da operadora brasileira GVT, o que deu à empresa espanhola 100 milhões de clientes no Brasil.
“Mais satisfeito ainda” afirmou estar pela educação digital de crianças desfavorecidas que a Fundação Telefônica desenvolve no país.
O Brasil voltará a crescer “muito antes” do que dizem os organismos internacionais, declarou Alierta em entrevista à Agência Efe após receber neste sábado a Grande Cruz da Ordem de 2 de Maio, máxima distinção concedida pela região de Madri.
Na próxima quarta-feira, 6 de maio, o presidente da Telefônica viajará para São Paulo, onde se reunirá com o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini.
Será sua primeira viagem após a aquisição pela Vivo SA - Telefônica Brasil - da GVT, cuja rede chega a 156 cidades e abrange telefonia celular, fixa, banda larga e TV por assinatura.
“Depois da fusão da Vivo com a GVT, me reunirei com toda a equipe e com o ministro das Comunicações para falar dos planos que temos para acelerar a digitalização da sociedade brasileira”, disse Alierta.
Para a compra da GVT “fizemos uma ampliação de capital que foi a maior feita no Brasil nos últimos anos. Estamos muito contentes de ter havido muitos investidores estrangeiros que investiram na Telefônica Brasil, o que é um dado de confiança na economia brasileira”, explicou.
Sobre a desaceleração da economia brasileira, disse que “a economia crescerá mais do que acreditam as pessoas fora do Brasil. Todo mundo diz que o Brasil vai crescer dentro de dois anos, mas vai crescer muito antes, o sei”, disse, otimista.
“Minha experiência é que os organismos internacionais nunca acertam, não acertam com a Espanha, não acertam com a América Latina. Vão sempre atrás, esta é minha experiência de muitos anos. O que dizem os organismos internacionais é o chão, a pior parte, e sempre é melhor que isso”, explicou Alierta.
Ele afirmou que o que mais tem gostado da atuação da empresa no Brasil “é a educação digital das crianças, principalmente os que estão em regiões mais distantes”, e que vai a mudar a perspectiva de muitas crianças.
A Fundação Telefônica, através do programa Pró-menino, está contribuindo no Brasil para “tirar as crianças do trabalho e dar formação”, que nos últimos anos se centrou em melhorar a educação digital.
Para isso, Telefônica proporciona “as tablets e os cursos e forma aos professores que são os que não são digitais ali, e o governo brasileiro colabora muito”, explicou.
“A educação é o que vai permitir que uma criança no Mato Grosso e uma de Munique tenham a mesma educação”.
“Tanto o governo federal como os governos dos estados brasileiros sabem que contam com o apoio total da Telefônica para digitalizar tudo: a sociedade, a cultura, a economia, porque é fundamental para o futuro”, concluiu.EFE