Um investidor minoritário norte-americano está pedindo ao conselho do banco chileno CorpBanca para desfazer sua recente associação com o Itaú Unibanco Holding e lançar um novo leilão. Ele alega que o banco chileno beneficiou seu acionista controlador, em detrimento dos minoritários, de acordo com documento exclusivo ao qual a Agência Reuters teve acesso.
O Itaú Unibanco anunciou no fim de janeiro que fará uma fusão de sua subsidiária no Chile com o banco CorpBanca, um dos maiores bancos do país vizinho e com participação em outras nações da América Latina e controlado pelo CorpGroup. Com a união, a instituição financeira passará a se chamar Itaú CorpBanca e se tornará o quarto maior banco do Chile, com US$ 45 bilhões em ativos, US$ 34 bilhões em créditos concedidos, 10 mil funcionários e US$ 8 bilhões em valor de mercado.
A fusão também vai permitir ao Itaú Unibanco entrar no segmento de varejo na Colômbia. Assim, o Itaú Unibanco vai ganhar mais 217 agências no Chile e outras 172 na Colômbia.
O fundo Cartica Management LLC disse em uma carta enviada na segunda-feira ao conselho do CorpBanca que o acordo com o Itaú, estimado em US$ 3,7 bilhões, subvalorizou as ações do banco e beneficiou o bilionário chileno Alvaro Saieh e sua holding de investimentos Corp Group. O Cartica, que administra mais de US$ 2 bilhões, possui 3,2% do banco chileno, segundo a carta. Ele se recusou a comentar o assunto.
Esta é a maior fusão bancária da América Latina desde 2008. No dia do anúncio do negócio, as ações do CorpBanca caíram 13,5%, refletindo a decepção dos investidores de que os termos eram muito favoráveis para o Itaú e não houve uma boa proposta aos acionistas minoritários.
O CorpBanca não fez comentários sobre o assunto. Não foram localizados representantes do Itaú para comentar a notícia.
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